O que fazer na Islândia: o melhor do sul e leste da ilha

Vista por trás da cachoeira Seljalandsfoss, com a água caindo diante do campo aberto, uma das coisas mais legais para se fazer na Islândia

Como eu tinha vontade de conhecer a Islândia!

Já havia tentado duas vezes. Ambas as tentativas fracassaram antes mesmo de entrar no avião. A primeira, lá pelos anos 2000, quando era quase impossível achar informações sobre destinos fora do comum, e todo mundo achava uma loucura eu querer ir pra um lugar que nem sabiam onde ficava. Missão abortada.

A segunda tentativa foi em 2022, com o país já em alta no turismo mundial. Só que deixei pra planejar na última hora e estava tudo lotado e caríssimo – tão caro que acabamos indo para a Noruega, que, convenhamos, não é nada barato – para você ter ideia do quão caro estava a Islândia!

Antes de mais nada, me segue no Instagram @danae_explore – lá você acompanha minhas viagens, pega muitas dicas e pode me mandar uma DM sempre que quiser! Amo falar sobre viagens ✈️🧳🌎

Desde então, a vontade só cresceu. Um país totalmente diferente do Brasil, com vulcões, geleiras, geisers, auroras e paisagens de outro mundo. Para quem ama natureza, geografia e não liga pro frio, a Islândia é o paraíso.

Neste artigo, reuni o que a Islândia tem de melhor, e que cabe facilmente num roteiro de uma semana pelo país. Nós ficamos oito dias lá, e tem outro post aqui do blog com o detalhamento do nosso roteiro e sugestões para cinco a nove dias na Islândia.
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Praia de areia preta de Reynisfjara com colunas de basalto e rochedos no mar, sul da Islândia. Está nublado e a imagem parece em preto-e-branco, mas há um rasgo de céu azul


Nosso roteiro pela Islândia

Ficamos oito dias na Islândia e fizemos um grande rolê pela região sul e leste da Islândia. Aqui no blog tem outro post com nosso roteiro detalhado e sugestões caso você tenha alguns dias a menos ou a mais para conhecer a ilha.

Em termos muito resumidos, nosso roteiro foi:

1️⃣ Chegada no aeroporto de Keflavik, alugar carro, conhecer Reykjavik; pernoite no Hotel Ódinsvé
2️⃣ Cachoeiras da costa sul; pernoite no Vík Apartments, anexo ao Hotel Vík í Mýrdal
3️⃣ Atrações na região de Vík; pernoite no Fosshotel Glacier Lagoon
4️⃣ Glaciar Vatnajökull, Diamond beach e Jokulsarlon; pernoite no Fosshotel Glacier Lagoon

5️⃣ Voltar até Selfoss; pernoite no Hotel Selfoss
6️⃣ Golden Circle; pernoite no Hotel Hamar
7️⃣ Península Snæfell; pernoite no Hotel Snaefellsnes
8️⃣ Blue Lagoon e Reykjavik; pernoite no Hotel Local 101
No dia seguinte, acordar cedo para devolver o carro na locadora, nosso voo decolou as 10hs da manhã.

Quer dicas para montar sua viagem à Islândia? Confira neste post as respostas para todas as perguntas que me fiz ao planejar a viagem – e que certamente estão na sua mente também. Quando ir à Islândia? É tranquilo para dirigir? É melhor alugar carro ou motorhome? Qual a melhor forma de ir até a Islândia? O que levar na mala para a Islândia? E o câmbio, é preciso levar dinheiro em espécie? Enfim, clique aqui que suas dúvidas estarão respondidas. Mas se sobrar alguma, é só me chamar no Instagram @danae_explore.
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Eu visto uma blusa de inverno vermelha, posando para foto na rua do arco-íris, ao fundo a Igreja Hallgrímskirkja, em Reykjavík. Há outros turistas caminhando pela rua

O que fazer na Islândia

O que fazer em Reykjavik

Reykjavik é uma das menores capitais da Europa: uma graça, pequena e simpática.

Ficamos pouco tempo na cidade – o fim da tarde do dia em que chegamos, cansados do voo e zoados pelo jet-lag, e a tarde do último dia de viagem, exaustos de tanto passear e já naquele clima de fim-de-festa-temos-infelizmente-que-voltar. Mas mesmo com pouco tempo e sem tanta energia, conseguimos conhecer os pontos mais interessantes da cidade.

Reykjavik é uma cidade a ser explorada pé. Estacione seu carro, preferencialmente em alguma rua com estacionamento grátis; procure pelas placas P3, é grátis de fim de semana, baixe o app Parka e faça tudo pelo app.

Uma opção interessante é fazer um tour guiado a pé pelo centro de Reykjavik, melhor ainda se for um free walking tour! Eu curto muito esse tipo de passeio, acho uma excelente introdução para o lugar, aprendemos e aproveitamos muito mais do que simplesmente andando por conta própria. Dessa vez não fizemos pois só havia disponibilidade de manhã, e chegamos na cidade a tarde 🙁

No mapa da nossa viagem todos os pontos a seguir estão marcados, acesse e salve no seu Google Maps.
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Eu em frente a Escultura Sun Voyager (Viajante do Sol) à beira-mar em Reykjavík, com montanhas ao fundo. É um dia frio e nublado, mas bate um pouco de sol na escultura

Principais atrações que visitamos em Reykjavik

Bæjarins Beztu Pylsur – o mundialmente famoso hot-dog islandês, e provavelmente a refeição mais barata que você fará na ilha. Não perca, é realmente diferente e delicioso.

Skólavörðustígur – a rua do arco-íris que liga o centrinho à igreja Hallgrímskirkja.

Hallgrímskirkja – Catedral consagrada em 1986, com uma torre de 73 metros de altura, inspirada nas colunas de basalto tão características do país.

Harpa Concert Hall – centro cultural num icônico edifício em ferro e vidro, vale a pena entrar e conhecer. No subsolo, assistimos o filme “The Volcano Express”, sobre a geologia da Islândia e as recentes erupções vulcânicas, foi uma ótima introdução para a viagem. A apresentação dura 15 minutos, tem diversos horários o dia inteiro, valor aprox. USD 20.

Sun Voyager – escultura em aço em formato de barco viking, a beira mar.

Laugavegur – rua comercial cheia de lojinhas, bares e restaurantes. Jantamos um hamburger no Kröns e pegamos uns docinhos no Sandholt.

Região do antigo porto, revitalizada, outra área repleta de lojas e restaurantes, próxima ao cruzamento das ruas Lækjargata e Geirsgata e ao Bæjarins Beztu Pylsur. Andamos bastante por ali no nosso último dia de viagem, um sábado de sol e temperatura agradável, os bares e restaurantes estavam lotados, muita gente na rua, super animado. Jantamos no Posthús Food Hall & Bar, uma espécie de praça de alimentação in-doors.
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Alþingishúsið – o Parlamento Islandês, com uma agradável praça a sua frente e diversos restaurantes ao redor.

Perlan – um misto de museu de ciências e de história natural. Paramos por acaso ao vê-lo da estrada, quando saímos de Reykjavik para começar a viagem, e foi uma grata surpresa. Conta com diversas exposições sobre a geologia, fauna e flora e história da Islândia. Tem um simulador de caverna de gelo – que depois comprovamos ser bem sem graça face visitar uma caverna de gelo de verdade. Compramos o ingresso na hora, mas é possível comprar com antecedência pelo site oficial.

Sky Lagoon – piscina termal bem próxima ao centro de Reykjavik. Não fomos pois optamos pela Blue Lagoon. Recomendável comprar os ingressos com antecedência pelo site oficial ou por agregadores como Civitatis.

Blue Lagoon – fica a 50 km de Reykjavik e 23 km do Aeroporto de Keflavik. É um conjunto interligado de piscinas termais com água azul turquesa. A estrutura é excelente, tem vestiários, banheiros, lanchonete e lojinha de produtos de beleza com minerais locais extremamente overpriced. Compramos os ingressos pelo site oficial, recomendo comprar com a maior antecedência possível pois lota. Caso prefira, dá para fazer com um tour saindo de Reykjavik.
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Onde ficar em Reykjavik

Ficamos duas noites em Reykjavik. Na primeira noite da viagem, ficamos no Hotel Ódinsvé, com excelente localização, próximo a rua do arco-íris e à Igreja Hallgrímskirkja. Pegamos o quarto família, que na verdade era um apartamento de dois quartos, perfeito! O café da manhã incluso na diária estava excelente, foi realmente um plus, dado o preço absurdo da alimentação na Islândia.

Na última noite do nosso roteiro pela Islândia, voltamos a capital e ficamos no Hotel Local 101. É um hotel compacto, com quartos bem pequenos e um banheiro minúsculo – o menor banheiro que já vi em um hotel (e olha que ficamos em lugares bem compactos em Tóquio). Não tinha espaço para abrir a mala, mas para uma noite só foi ok, sem falar que foi bem mais econômico que o Hotel Ódinsvé. A localização é ótima, próxima a região do antigo porto, a poucos metros do agito.

Outras opções que eu havia cogitado para ficar em Reykjavik foram o Hotel Von e o Center Hotels Laugavegur, ambos com excelente localização na rua Laugavegur. Também vale a pena ver o Grandi by Center Hotels, ainda na região central, mas um pouco mais afastado do burburinho, com excelente custo-benefício. Uma opção com ótima localização e preço mais camarada é o Old Town Reykjavik.
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Cachoeira Öxarárfoss cercada por paredões de pedra da divisa das placas continentais no Parque Nacional Þingvellir, com passarela de madeira

O que fazer no Golden Circle

Principal destino turístico do país, o Golden Circle é um circuito de aproximadamente 200km com um pouco de tudo que a Islândia tem de bom: cachoeiras, vulcões, geisers e paisagens incríveis por todos os lados. Se você tiver tempo de fazer só um passeio na Islândia, que seja esse (óbviamente, é um baita desperdício ir para Islândia e ficar um dia só, mas você entendeu a ideia).

Nós fizemos o Golden Circle começando em Selfoss e terminando próximo a Reykjaviknesse link tem nosso roteiro completo. Porém é possível (e usualmente mais comum) fazer o sentido oposto. Muitos viajantes chegam na Islândia, alugam o carro no aeroporto e já vão direto ao Golden Circle, sem nem passar pela capital (o que recomendo para quem tem pouco tempo na ilha).

Para alugar carro, sempre uso o site RentCars, é onde normalmente encontro as melhores opções, e com o cupom DANAE ainda rola mais 5% de desconto. Bora?

As principais paradas são (pela ordem a partir de Selfoss):

Kerid Crater: cratera vulcânica com lago, vale a pena dar a volta completa no topo da cratera e descer até o lago.

Skálholtsdómkirkja: igreja histórica

Secret Lagoon ou Gamla Laugin: a piscina termal mais antiga da Islândia e uma alternativa mais econômica a Blue Lagoon – não visitamos. Ali perto há também a Hrunalaug, uma piscina termal mais simples e menor.
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Almoço no restaurante Friðheimar: uma fazenda que produz tomates em estufas aquecidas com energia geotérmica. Recomendo reservar com antecedência pelo site oficial.

Strokkur Geysir: o geiser original, que deu nome à categoria, com erupções a cada 5-8 minutos. Grátis, estacionamento pago (use o app Parka).

Gullfoss: ou “cascata de ouro”, é uma das maiores cachoeiras da Islândia, composta por duas quedas, uma com onze metros de altura e a seguinte com vinte, totalizando 31 metros queda d’água.

Bruararfoss: uma pequena cachoeira com água azul clara, conhecida como a cachoeira mais azul da Islândia.

Laugarvatn Fontana: complexo de piscinas termais, com cada piscina em uma temperatura diferente. Está fechada com previsão de reabertura em abril/2026, segundo o site oficial.
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Thingvellir National Park

Este parque nacional é único no mundo. É onde há o encontro das placas tectônicas européia e americana.

Há diversas trilhas pelas principais áreas do parque, recomendo fazer todas que seu tempo permitir. São em geral muito fáceis, grande parter delas em passarelas de madeira. Não perca a Oxararfoss, uma cachoeira muito simpática, formada exatamente na fenda entre as placas continentais (para visitá-la, paramos o carro no estacionamento P2).

É possível fazer o snorkell nas águas cristalinas do Lago Silfra (aqui uma opção de reserva). Apesar de várias pessoas falarem muito bem desse snorkell, achei que seria roubada; no fim, não sentimos nenhuma falta desse mergulho, teríamos gastado muito tempo com isso, que nos faltaria para conhecer outras áreas do parque.

Vimos também a Þingvallakirkja (Þingvellir church), a primeira igreja construída na Islândia (a original é do ano 1000, a que vemos hoje é uma reconstrução de 1859), que fica ao lado da residência de verão do Primeiro Ministro do país.
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O Parque Thingvellir tem também importância histórica, pois ali foi fundado o Alpingi, o primeiro parlamento da Islândia – e do mundo!

Há diversos estacionamentos no parque, para visitar as áreas principais, próximas ao Centro de Visitantes, paramos no P5 (próximo a Silfra).

Caso você não queria alugar carro, é possível fazer o passeio pelo Golden Circle com tours partindo de Reykjavik, como este aqui.
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Onde ficar no Golden Circle

Iniciamos o Golden Circle em Selfoss, onde nos hospedamos no Hotel Selfoss, que imagino seja o maior da cidade. Pegamos um quarto quádruplo, com uma cama queen e um sofá cama de casal, mas que se mostrou bastante confortável.

O Hotel Selfoss fica em frente a área histórica revitalizada da cidade, em que há uma pequena praça cercada de construções em estilo tradicional islandês transformadas em restaurantes, bares e lojinhas. Achei um charme, uma delícia passear por ali, só demos azar pois estava muito frio e garoando, então não conseguimos aproveitar muito. Num fim de tarde com sol deve ser muito agradável. A Old Dairy Food Hall é uma praça de alimentação com diversos quiosques de comida e onde há a maior chance de conseguir uma refeição a um custo aceitável.

Há outras opções na cidade de Selfoss, como o Hotel South Coast. Há também algumas opções de hospedagem ao longo do Golden Circle, eu tinha gostado do Hotel Skálholt e do Blue Hotel Fagrilundur, ambos próximos ao Geyser, mas achei que ficar na cidadezinha de Selfoss ficaria melhor para o nosso roteiro e seria mais gostoso. O Hotel Gullfoss, perto da cachoeira de mesmo nome, parece sensacional para quem busca a aurora boreal.
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O que fazer na costa sul da Islândia

Ficamos três dias explorando a região sul da Islândia, que é a mais visitada pelos turistas e onde estão as cachoeiras mais lindas do país. Tem muita gente que vai até a Islândia e fica só nessa região, seja por falta de tempo, seja por desconhecimento do que fazer no restante do país. No primeiro caso é compreensível, já o segundo caso é uma baita pena – ainda bem que você achou esse artigo, pois não aqui não economizo em compartilhar informções!

Então bora lá, com todos os pontos que paramos (e alguns que gostaríamos de ter parado) no nosso rolê pelo sul da Islândia. As atrações estão em ordem, saindo de Reykjavik e terminando em Vik I Myrdal.

Esse é o trecho da viagem que vai ser só uauuu. Aquelas cachoeiras lindas que você tanto vê nas redes sociais estão aqui, a sua frente, para te deixar de queixo caído.

Caves of Hella: cavernas feitas pelos primeiros habitantes da Islândia (não visitamos), mais informações no site oficial.

Lava Centre: um centro informativo, hands-on, sobre os fenômenos geológicos da Islândia. Como já havíamos ido no Perlan, deixamos esse de lado, mas parece muito interessante. Confira o site oficial.

Seljalandsfoss: a cachoeira que mais gostei na Islândia! Dá para caminhar e passar por trás da queda d’água: ficamos encharcados e quase congelamos, mas foi um dos pontos mais divertidos da viagem. A entrada é gratuita mas o estacionamento é pago, ISK 1.000 – aprox. USD 8 (pelo app Parka ou nuns quiosques no local).
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Gljúfrabúi: deixe o carro estacionado na Seljalandsfoss, e caminhe alguns metros por uma trilha que começa no lado esquerdo daquela cachoeira. Entre num pequeno cânion e prepare-se para o uauuuu – uma cachoeira lindíssima, escondida entre os paredões de pedra. Já estávamos molhados e nos molhamos ainda mais, mas vale muito a pena.

Skogafoss: acho que essa é a cachoeira islandesa que mais vi fotos nas redes sociais. Não é de se estranhar, já que o local é espetacular e o acesso ridiculamente fácil a partir da rodovia. Como nas demais cachoeiras, só se paga o estacionamento (use o app Parka). Há uma escada lateral que sobre ao topo da cachoeira, onde tem início uma trilha com dezenas de outras quedas d’água. Chegamos a subir os degraus mas percebemos que não daria tempo de fazer a trilha e voltar ao hotel em Vik antes de escurecer. Há um museu ao lado da cachoeira mas não entramos.
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Kvernufoss: a poucos metros da Skogafoss, mas com uma fração da quantidade de visitantes, outra cachoeira daquelas que faz você ter certeza de que valeu a pena viajar até a Islândia.

Sólheimajökull Glacier: o primeiro glaciar que visitamos na Islândia! É uma pequena e fácil caminhada do estacionamento até o mirante do glaciar.

Solheimasandur Plane Wreck: o famoso avião militar americano que caiu na praia em 1973 e lá ficou. É uma caminhada de 3km cada sentido, em parte na areia, até o avião. Há a opção de pegar uma van por ISK3200 por pessoa – aprox. USD 25. Me pareceu furada, não fomos e não me arrependo.
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Onde se hospedar na Costa Sul da Islândia

Para visitar essa região, recomendo se hospedar em Selfoss ou em Vik i Myrdal. No entanto, há alguns hotéis ao longo da costa sul da Islândia, como o Hótel Skógafoss by EJ Hotels e o Hotel Selja. Paramos para almoçar no Midgard Base Camp, que é outra opção de hotel na região.
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O que fazer em Vik i Myrdal

Chegamos em Vik i Myrdal no fim do dia, nos instalamos no Vík Apartments (anexo ao Hotel Vík í Mýrdal) e aproveitamos que tínhamos uma cozinha completa para economizar nas refeições, jantando em casa. No dia seguinte, ficamos pela manhã na região de Vik e a tarde saímos em direção norte.

Aqui as principais atrações da região de Vik e costa leste da Islândia:

Reynisfjara Beach: a praia de areia negra mais famosa da Islândia, e que faz realmente jus a toda fama. O mar é forte, tome cuidado. No lado esquerdo da praia estão as ainda mais famosas colunas de basalto, chamadas Reynisdrangar Cliffs. Seguindo pela praia, você encontrará a Hálsanefshellir Cave, uma caverna lindíssima, e as formações rochosas no oceano que formam um visual espetacular.

Kirkjufjara Beach: outra praia de areia preta, ao lado da Reynisfjara (mas não é possível ir caminhando de uma até a outra).

Icelandic Lava Show: uma espécie de apresentação científico-teatral, com lava verdadeira. Apesar de bem cotado, me pareceu uma atração pega-turista. Não fomos. Caso queira tentar, aqui está o link; há um semelhante em Reykjavik.

Igreja de Vik i Myrdal: no alto de uma colina, com a melhor vista da cidade e Reynisfjara. Recomendo muito. Dá para ir a pé ou de carro, o estacionamento é grátis. Suba caminhando até o pequeno cemitério, onde as vistas, incluindo a igreja, ficam ainda melhores.

Eldhraun Lava Field: saindo de Vik em direção norte, a estrada passa por este campo de lava, um dos maiores da Islândia, resultado de uma erupção no fim do século XVIII. A lava está coberta por uma espécie endêmica de musgo, que leva cerca de cem anos para crescer. Há um mirante na estrada, mas é possível parar a qualquer momento no acostamento. Só não saia dos caminhos demarcados (na dúvida, não saia do asfalto).

Fjaðrárgljúfur: cânion lindíssimo, com a cachoeira Mogafoss ao final. Trilha curta, bem demarcada, com trecho inicial em subida, mas bem tranquila.

Foss á Sidu: outra cachoeira belíssima, com colunas de basalto típicas da geologia islandesa.
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Onde ficar em Vik i Myrdal

Ficamos uma noite no Vík Apartments, anexo ao Hotel Vík í Mýrdal. Achei excelente: um apartamente de dois quartos, bem espaçoso, em frente a um mercado Kronan. Foi o melhor em termos custo-benefício que encontrei na região.

Outras opções seriam o lindíssimo Hotel Kría e, numa faixa mais econômica (ou menos cara), o 1908 Hostel e o Vik Inn, situados um ao lado do outro no centrinho da cidade.
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O que fazer na região leste da Islândia – Jokulsarlon e Diamond Beach

Uma das coisas que eu mais queria fazer na Islândia era conhecer uma caverna de gelo. Já tive a oportunidade de ver glaciares, o primeiro da vida foi o Perito Moreno, na Argentina, e quando fomos ao Alasca, não só vimos como fizemos trekking em dois glaciares! Mas caverna de gelo ainda estava na wishlist.

Então, nosso foco nessa região foi o passeio de dia inteiro com trekking no Glaciar Vatnajökull e caverna de gelo. Fizemos com a Glacier Adventure, comprei direto no site deles (não é publi), mas há opções em plataformas como GetYourGuide ou Civitatis.

Depois visitamos a Diamond Beach, a famosa praia com os pedaços de gelo que você certamente já viu aos montes nas redes sociais. Esses “diamantes” nada mais são que grandes blocos de gelo que se deprenderam do Glaciar Vatnajökull e não descongelaram até chegar a praia. Quando fomos, haviam poucas pedras de gelo na praia, mas mesmo assim é um visual que desafia nossa compreensão: como assim gelo na praia?

Ao lado da Diamond Beach está a Jökulsárlón, a lagoa formada pelo Glaciar Vatnajokull. Se a praia estava quase sem gelo, a lagoa, ao contrário, estava repleta de icebergs e, o mais legal, diversos grupos de focas. O local estava lotado de turistas, foi onde vimos mais turistas em toda nossa viagem – e olhe que viajamos na baixa temporada.

Ao sul da Jökulsárlón há outra lagoa com icebergs, a Fjallsárlón, menor porém com bem menos turistas que sua irmã maior.

Além dessas atrações, estava nos meus planos conhecer o Mulagljufur Canyon. Mas depois de um dia inteiro no glaciar e na lagoa, estávamos simplesmente acabados e resolvemos voltar logo ao Fosshotel Glacier Lagoon. Pelo que pesquisei parece ser um canion lindíssimo, com uma trilha de nível moderado de cerca de 2,2km cada sentido.

Entre Vík e a Diamond Beach, vale parar para ver a Hofskirkja, uma igreja histórica com telhado coberto por vegetação.

Recomendo também passar no Centro de Visitantes do Skaftafellsstofa. O local conta com algumas exibições e informações sobre a geologia e geografia da área, fauna e flora e história da região do glaciar Skaftafell; há uma pequena loja de souvenirs, cafeteria e banheiros. Há algumas trilhas que se iniciam ali, mas não fizemos nenhuma.
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Onde ficar na região de Jokurlsarlon e Diamond Beach

Ficamos duas noites no Fosshotel Glacier Lagoon, um hotel com design escandinavo moderno, no meio do absoluto nada, às margens da Ring Road um pouco ao sul do Jokurlsarlon. O hotel é ótimo, um pouco mais sofisticado (e caro) do que o que costumamos nos hospedar, mas era uma das únicas opções na região e encaixou perfeitamente no nosso roteiro.

Há pouca oferta de hospedagem nessa região. O Hotel Jokulsarlon segue a mesma linha do Fosshotel, ou seja, design impecável e preços condizentes; o Hali Country Hotel parece um pouco mais econômico. As outras opções seriam em Vik i Myrdal ou mais ao norte em Höfn, onde algumas opções que parecem interessantes são o Hotel Höfn, o Höfn Berjaya Iceland Hotels e como opção mais econômica, o Apotek Guesthouse. A rede Fosshotel também tem um em Höfn, o Fosshotel Vatnajökull.
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O que fazer na Península de Snæfell

A pedida na Península Snæfells é fazer a volta completa, seguindo pela estrada 54 e próximo a Budhur, pegar uma estrada secundária (mas asfaltada, não se preocupe), que segue próxima a costa no Parque Nacional Snæfellsjökull, dominado pelo Vulcão Snæfells – que para cultura geral, foi onde Otto Lidenbrock, personagem de Julio Verne, começou sua jornada ao centro da Terra.

São diversos mirantes e paradas ao longo do caminho. Aqui a relação dos pontos de interesse, seguindo a direção a partir de Borganes, fazendo o giro pela península no sentido horário:

Gerduberg Clifs: colunas de basalto
Ytri Tunga: praia com colônia de focas, não perca!
Cachoeira Barnarfoss: estacionamento grátis, são 15 min até a ponte onde há um mirante, mas dá para ir até a base da cachoeira
Igreja Budakirkja: uma linda igreja em madeira preta com arquitetura típica islandesa

Rauðfeldsgjá Gorge canion, é possível caminhar pelo cânion (leve capa de chuva pois molha muito)
Arnarstapi: uma vila pitoresca, tem restaurantes e o início da trilha Gatklettur que leva até o monumento ao troll.
Hellnar Church e mirante.
Lóndrangar View Point, mirante com ninhos de pássaros nas encostas
Centro de visitantes do Parque Nacional Snæfellsjökull em Malarrif: paramos para visitar, há algumas exposições sobre o parque e os modos de vida tradicionais da região, além de informações sobre as trilhas e mirantes da região

Vatnshellir Cave: caverna de lava, a visita dura 45 min (não fizemos)
Dritvik Djúpalónssandur: outra praia de areia preta com mirante lindíssimo.
Cratera Saxholl: não tem como perder essa parada, você vê a cratera de longe. Há uma escada em madeira para subir e vale muito a pena. Além da cratera vulcânica ser muito interessante, as as vistas panorâmicas são excelentes.
Centro de Visitantes em Þjóðgarðsmiðstöð á Hellissandi: novamente paramos nesse, há painéis sobre a região, banheiro, um pequeno café e lojinha.

– Vila de Hellissandur é famosa pelos grafites nas paredes, vale dar uma volta
Cachoeira Svodufoss e Kerlingarfoss (não fomos)
– Paramos em Olafsvik para almoçar no Sker Restaurant, tomar um café e esticar as pernas. Ali é possível fazer passeios para avistamento de baleias, mas é essencial reservar com antecedência. Como já havíamos recentemente visto baleias em Ushuaia e no Alasca, deixamos esse por fazer (nos recomendaram a Laki Tours, com passeios saindo as 10hs e 14hs).

– Snæfellsjökull Glacier View Point (dá para chegar também pelo outro lado, a partir de Saxholl, passando por algumas cachoeiras).
Kirkjufellsfoss, uma das cachoeiras mais famosas da Islândia, compondo a paisagem com a montanha atrás. Já foi cenário de diversas produções como Game of Thrones.
Grundarfjordur, outra cidadezinha fofa, vale parar para um café.
Berserkjahraun, um campo de lava um pouco antes do entroncamento da estrada 54 com a 56.
– Seguindo em frente pela 54 se chega em Stykkisholmur, uma vila portuária com um icônico farol. Se quiser voltar a Reykjavik, o melhor é nesse ponto pegar a estrada 56.

Onde ficar na Península Snæfells

Algumas pessoas fazem esse rolê por Snæfells a partir de Reykjavik, em tours como este, mas me pareceu muito puxado. Optamos por nos hospedar, na noite anterior, em Borganes no Hotel Hamar, e ao final do giro pela península, no Hotel Snaefellsnes, que fica no encontro das estradas 54 e 56.

Outra alternativa para hospedagem é a cidade de Stykkishólmur, a maior cidade da península. Mas, considerando nosso roteiro, depois dessa noite sairíamos do hotel direto para Blue Lagoon, então acabei optando pelo Hotel Snaefellsnes que já ficava no caminho de volta – eu prefiro muito mais me hospedar numa cidadezinha do que no meio do nada, mas nesse caso a logística falou mais alto. De qualquer forma, Stykkishólmur parece super charmosa para passar uma noite. Além disso, se você pretende esticar a viagem até o Westfjords, dali partem algumas balsas. Vale conferir o The Stykkishólmur Inn e o Hotel Fransiskus Stykkishólmi.

Ólafsvík, onde paramos para almoçar no Sker Restaurant, também tem opções de hospedagem, como o Hotel Vest Mar.
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Nosso roteiro de oito dias pela Islândia:

O mapa abaixo mostra nosso roteiro completo na Islândia – foram 1.500km dirigidos ao longo de oito dias

Nesse post explico como usar o Google MyMaps para planejar uma viagem, é um recurso muito bom, vale a pena conhecer!

Como usar esse mapa: Clique na aba localizada no canto superior esquerdo do mapa para acessar várias camadas, incluindo pontos de interesse e rotas. Você pode escolher quais camadas visualizar selecionando-as no check-box correspondente. Para obter detalhes adicionais sobre pontos de interesse específicos, clique nos ícones correspondentes no mapa.

É fácil salvar este mapa em sua conta do Google Maps, basta clicar no ícone de estrela próximo ao título do mapa. Para acessá-lo no seu celular ou computador, abra o Google Maps, toque no botão de menu, vá para “Meus Lugares”, selecione “Mapas” e você encontrará este mapa listado entre os seus mapas salvos.

Aqui estão os sites que sempre uso para planejar minhas viagens:
– 🛌 Hospedagem: Booking
– ☀️ Passeios: Civitatis & Get Your Guide
– 📱Chip de celular: e-SIM da Airalo – cupom DANAE2375
– 🚗Aluguel de veículos: RentCars – cupom DANAE
– ⚠️ Seguro-viagem: Real Seguros

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