10 coisas que você precisa saber antes de viajar ao Japão

Família posa em frente ao torii de madeira do Meiji Jingu, um dos santuários mais visitados de Tóquio, Japão.

Viajar até o Japão exige planejamento – afinal, não é todo dia que se vai ao outro lado do planeta. Quanto mais você souber sobre o país, melhor será a sua experiência (aliás, isso vale para qualquer destino).

Estivemos um mês no Japão, e aproveitamos o que há de melhor por lá: templos centenários em Quioto, a energia vibrante de Tóquio, a história marcante de Hiroshima e as paisagens dos Alpes Japoneses e da Rota Nakasendo. O Japão oferece uma diversidade que encanta – mas que exige preparo para ser aproveitada ao máximo.

Não basta montar um roteiro perfeito para conhecer o Japão; é essencial ter uma visão geral de como o país funciona, como o turista deve se comportar e o que você precisa fazer antes e durante a viagem. Além de demonstrar respeito pelo país e seu povo, isso lhe poupará inúmeros perrengues.

Neste post, reuni dez coisas que você precisa saber antes de ir ao Japão – seja para não passar vergonha nas terras nipônicas, para não ofender ninguém, mas principalmente para que a viagem corra de forma tranquila, sem surpresas e perrengues desnecessários.



10 coisas que você precisa saber antes de viajar ao Japão

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1 – Silêncio no transporte público 

Nós, brasileiros, tendemos a ser um pouco expansivos, mas segure seu ímpeto tagarela ao entrar em qualquer meio de transporte. 

No Japão, o silêncio é a regra e é o esperado. Não fale, não grite, não cante e, principalmente, mantenha o celular no modo silencioso. Se quiser ouvir música ou áudios, use fones de ouvido e não abra a boca. 

Se eu pudesse escolher um costume japonês para importar ao Brasil seria esse. Achei sensacional o ambiente calmo e de respeito no transporte público. 
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2 – Tenha sempre dinheiro em espécie 

Apesar de ser um dos países mais tecnológicos do mundo, muitos estabelecimentos no Japão aceitam apenas dinheiro em espécie (ienes) – especialmente restaurantes pequenos e lojas tradicionais. Um dos ryokans em que nós hospedamos (o mais autêntico da viagem) era cash only, assim como alguns restaurantes deliciosos em Tóquio, sem falar nos estabelecimentos das diversas cidadezinhas pelas quais passamos. 

Levamos dólar em espécie, mas a forma mais fácil e prática que encontramos para trocar dinheiro foi em caixas automáticos (existem aos milhares, na rua ou em lojas de conveniência). Transferíamos dinheiro para conta multimoeda, convertíamos para dólar e o saque era em ienes, a uma taxa fixa por transação (salvo engano ¥200 por saque). Antes de viajar, confira taxas e limites de saque com seu banco. 
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3 – Lojas de conveniência são a salvação 

As onipresentes kombini são incríveis: estão sempre abertas e vendem de tudo – tudo mesmo! A comida é ótima, sempre fresca, com preço excelente, e salvou nossa vida em várias situações. Quantas vezes terminamos um dia agitado, exaustos, clamando por banho e descanso, sem energia para mais nada… e a kombini nos salvou! Pode não ter sido os melhores jantares da viagem, mas a conveniência e o custo-benefício foram imbatíveis. É fácil encontrá-las, as principais redes são 7-Eleven, Family Mart e Lawson, mas há diversas outras. Aproveite!

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4 – Cuide do seu lixo

Que as ruas no Japão são impecavelmente limpas todos sabemos. Agora o que me chamou a atenção é que não existem lixeiras! Se vimos uma lixeira na viagem inteira foi muito. 

Os japoneses cuidam do seu próprio lixo. Carregam o lixo num saquinho, na bolsa, e jogam no lixo em casa. 

Então tenha sempre um saquinho à mão e leve todo o lixo que você produzir de volta ao seu hotel. 

Outra coisa interessante é que em alguns banheiros públicos não há papel toalha nem secadora de mãos. Cada pessoa leva sua própria toalha de mão – higiene sem lixo e sem desperdício de energia. A gente ficava com a mão molhada mesmo, até que no hotel de Toyama ganhamos uma toalha fofa, que passou a ser nossa fiel companheira.
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5 – Não se come andando

Outro hábito que me surpreendeu no Japão: as pessoas não comem enquanto andam na rua, nem quando estão no metrô, ônibus ou trem

Comer em movimento é considerado falta de educação. Ao comprar algo para comer, ou você consome ali mesmo, ao lado da loja/ quiosque/ máquina de atendimento automático, ou leva para comer em casa/hotel. 

A única exceção é o Shinkansen (o trem bala) no qual é usual que se faça uma pequena refeição. Aproveite que nas estações há diversas lojinhas vendendo refeições prontas próprias para serem consumidas no trem (como as da foto acima, que é temática do Tokaido Shinkansen, aquele que passa em frente ao Monte Fuji entre Tóquio e Nagóia). 

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6 – Idioma: pouco inglês, muita gentileza

Por mais que o Japão tenha tentado ampliar o uso do inglês ao se preparar para as Olimpíadas de 2020/2021, a verdade é que a maior parte da população não fala inglês, e a maioria dos que falam tem um inglês bem básico

Mas a simpatia e a gentileza do povo japonês fazem qualquer barreira linguística desaparecer. Logicamente, o Google Translate é essencial, mas com um pouco de boa vontade e paciência você não terá problemas de comunicação no Japão – nós, ao menos, não tivemos nenhum problema. 

Há sinalização em inglês, especialmente nas estações de trem/metrô e nos lugares turísticos.
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7 – Não é necessário dar gorjetas

No Japão, não há a cultura da gorjeta. O bom serviço já está incluso nos preços. Inclusive, oferecer gorjeta pode ser visto como estranho ou até ofensivo.

Ouvimos dizer que se você deixar algum dinheiro na mesa, o garçom irá atrás de você, entendendo que você o esqueceu por lá (não testamos isso, mas imagino que seria exatamente o que aconteceria). 
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8 – Um prato por pessoa

Nos restaurantes, a regra é pedir um prato por pessoa. Não é costume dividir o prato – e muitas vezes os garçons não entendem, ficam aguardando você “completar” o pedido e insistem que é necessário. 

Viajamos em dois adultos e duas crianças e, mesmo que soubéssemos que um prato seria suficiente para as duas meninas, tínhamos que pedir um para cada uma. Some-se a isso que é muito raro existir prato kids, imagine só o desperdício.

Até que, numa pizzaria, tivemos a ideia de perguntar se poderíamos pedir duas entradas e duas pizzas. A garçonete falou “ok”; então, mandamos duas porções de azeitonas e duas pizzas. Fica a dica 😉

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9 – Não conte com Wi-Fi grátis 

Ao contrário de muitos países ocidentais, é raro encontrar Wi-Fi  grátis. Nós hotéis sempre há, mas assim que você sai do hotel, bem vindo aos anos 2000 baby 😉

E é impossível se virar por lá sem Google Maps e Google Translate. Acredite em mim. Por mais que você tenha baixado o mapa e o idioma offline, tem algumas funcionalidades que não funcionam offline, ou não funcionam tão bem. 

Se seu plano de celular não cobre Japão, instale um eSim (e use meu cupom DANAE2375 para garantir um desconto). Eu usei o eSim, meu marido foi com o plano mundo da operadora de celular dele, tivemos cobertura com excelente sinal em todos os locais que visitamos.

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10 – A melhor forma de se locomover é por trilhos

Esqueça o taxi e o aluguel de carro, a forma mais fácil e eficiente de se locomover no Japão é por trilhos. O sistema de trens e metrôs é amplo, pontual e limpo. E, onde os trilhos não chegam, conte com os ônibus, também excelentes. Em Tóquio usamos o ônibus somente para ir ao TeamLabs, porém em Quioto rodamos muito de ônibus, sem problema algum.

Dependendo de quanto tempo você ficará no Japão e do quanto irá se locomover, pode valer a pena comprar um passe de trem. O Japan Rail Pass abrange o país inteiro, e dá direito a viagens ilimitadas (inclusive no Shinkansen) por determinado número de dias corridos (7, 14 ou 21) – para nossa viagem de um mês lá, compramos o passe de 21 dias. Há passes regionais (como este, que abrange Kansai e Hokuriku, ou este, que cobre a região leste do país), que são bem mais econômicos – veja qual se adequa melhor às suas necessidades. 

Aliás, para te dissuadir de vez da ideia de alugar um carro, sinto informar que brasileiros não podem dirigir no Japão. Nem com PID. O tratado internacional que o Brasil assinou é um, o Japão aderiu a outro, então não tem negócio: habilitações brasileiras não são aceitas por lá. Mesmo que você seja nacional de outro país, o que importa é o país que emitiu sua carteira de habilitação; se foi o Brasil, sorry mas não tem jeitinho que resolva. 
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Dicas bônus:

– tenha sempre moedas de ¥100 à mão – são as moedas mais usadas, principalmente nas máquinas de atendimento automático. 

– as estações do ano no Japão são bem definidas. Faz muito calor no verão (inclusive em cidades como Tóquio e Kyoto), e o inverno é bem frio. Informe-se sobre o clima antes de arrumar as malas. 

a comida japonesa não se limita a sushi e sashimi. Explore pratos não tão usuais na culinária nipo-brasileira, como os diversos tipos de ramen, soba e udon, e vá além provando okonomiyaki, yakitori, gyoza, donburi, yakiniku, tonkatsu, gyudon e muito mais. Mas atenção: normalmente, os restaurantes servem apenas um tipo de prato: se é um restaurante de sushi, haverá somente sushis, de diversos tipos; se for de soba, haverá apenas diversos tipos de soba, e assim por diante.

o custo de viajar no Japão é, na minha experiência, inferior ao de se viajar na Europa Ocidental ou nos Estados Unidos. A hospedagem nas grandes cidades, especialmente Tóquio e Quioto, tende a ser relativamente cara, mas, no geral, gastamos menos no Japão do que nas últimas viagens à Europa e EUA.
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Se quiser deixar tudo organizado e evitar perrengues, deixo aqui os links que uso nas minhas viagens:
– 🛏️ Hospedagem: Booking
– ☀️ Passeios: Civitatis & Get Your Guide
– 📱Chip de celular: e-SIM da Airalo
– 🚗Aluguel de veículos: RentCars
– ⚠️ Seguro-viagem: Real Seguros
– 🧳 Itens de viagem: Amazon

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Este é mais um post do grupo Viagens por Escrito, que desta vez teve como tema “10 coisas que você precisa saber antes de ir ” aos lugares mais incríveis deste planeta. Confira as dicas para ir à Itália, com o Voyajando Blog, ao Marrocos, com o Descobrir Viajando, a Portugal, com a Elizabeth Werneck, à Argentina, com o Mundo Viajante e ao Rio de Janeiro, com o blog Eventos e Viagens. Clique e boa viagem!
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