Tenho que confessar: inicialmente não iríamos incluir o Laos em nosso roteiro do Sudeste Asiático: tínhamos poucos dias de férias e uma lista enorme de lugares que desejávamos conhecer.
Mas um grande amigo, que há alguns anos passou meses na região e se apaixonou pelo Laos, tanto nos falou que tivemos que ir lá para conferir.
Incluímos esse pequeno país, sem saída para o mar, em nosso giro express pelo Sudeste Asiático e não nos arrependemos (está aí uma das vantagens de viajar por conta própria: você é o dono do seu roteiro e nele inclui, ou exclui, o que bem entender).
Passamos dias incríveis em Luang Prabang. Chegamos lá com poucas expectativas e saímos maravilhados. Aqui compilei um gia completíssimo, para você aproveitar ao máximo seus 3 dias em Luang Prabang: como chegar, onde se hospedar, o que fazer e muito mais, confira!
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Todos os nossos posts sobre destinos na Ásia, para te inspirar e ajudar a realizar seu sonho de viagem:
- Roteiro de 3 semanas pelo Sudeste Asiático – o melhor da Tailândia, Laos e Camboja!
- Siem Reap e Angkor Wat, os templos mais espetaculares do Camboja
- Como é passar o ano novo em Siem Reap, Camboja
- O que fazer em 3 dias em Luang Prabang
- Roteiro de 4 semanas pelo Japão
- Onde ficar em Tóquio
- Rota Alpina Tateyama Kurobe – como é a travessia dos Alpes Japoneses
- De Magome à Tsumago pela Rota Nakasendo, os mais lindos vilarejos do Japão medieval
- O melhor de Quioto – o que fazer em 4 (ou 5) dias na antiga capital japonesa
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Neste post, você vai encontrar:
ToggleComo chegar em Luang Prabang
Estávamos em Siem Reap, no Camboja, e fomos a Luang Prabang em voo da Lao Airlines, com escala em Pakse.
A parada em Pakse é bem rápida, é o tempo de descer do avião, fazer a imigração ali mesmo e subir de novo na mesma aeronave. Apesar da grande maioria dos passageiros do avião ser estrangeiros, o processo de obter visto no local e fazer a imigração foi relativamente rápido. Apenas nos perguntaram quantos dias e em que cidade ficaríamos no Laos, e pronto, visto aprovado e passaporte carimbado.
Após a imigração, você tem que passar novamente pelo raio-X e aguardar a chamada para embarque numa sala ao lado. O aeroporto como um todo é um pouco menor e mais precário que uma rodoviária de cidade do interior da década de 80, mas tudo correu absolutamente bem, sem qualquer percalso ou confusão.
O voo saiu as 12h25 de Siem Reap e chegou as 16hs em Luang Prabang. Do aeroporto ao hotel fomos com o transfer que eu havia solicitado ao hotel.
Ao final dos dias em Luang Prabang, saimos em voo direto para Bangkok pela Thai Smile, num voo de 1h30 que saiu de Luang Prabang as 11h20 e chegou em Bangkok as 12h50
Pelo que pesquisei na época, também há voos direto ligando a cidade a Vientiane, a capital do Laos.
Além disso, a cidade é facilmente acessível de ônibus ou barco. Uma opção particularmente cênica é ir da Tailândia à Luang Prabang de barco pelo Rio Mekong – é possível partir de Chiang Mai ou outras cidades ao longo do rio. Será uma longa viagem (não é à toa que os barcos que fazem esse trajeto são chamados “slow boat”), mas se você tiver tempo e estiver na vibe, deve ser inesquecível.
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Moeda e câmbio
A moeda do Laos é o kip, US$1= 22.100 kips (agosto/2024)
É necessário trocar dinheiro (ou sacar em ATM) pois, com algumas poucas exceções, não se aceita pagamento em dólar.
Nas casas de câmbio que existem em praticamente todos os quarteirões do centrinho turístico de Luang Prabang as notas de US$100 e US$50 tem cotação ligeiramente superior que as notas menores. Não vimos diferença para as notas de Euro (tanto as grandes quanto as pequenas têm a mesma cotação).
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Idioma
Conseguimos nos virar bem no Laos falando inglês, mas, com poucas exceções, o inglês das pessoas em geral tende a ser absolutamente básico.
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Onde se hospedar em Luang Prabang
Ficamos no Vila Mahasok Hotel, um hotel relativamente simples, que fica a cerca de 4 quadras do night market. Os quartos eram simples porém bem arrumados e limpos, o café da manhã não tinha muitas opções, mas estava ok (apesar do café em si ser sofrível). O staff falava muito pouco inglês e tivemos alguma dificuldade na comunicação, mas nada crítico. No geral, é um hotel simples e justo.
Há diversas outras opções de acomodação na cidade. A região do centrinho turístico (French Quartier) tem várias opções de hospedagem e lá você ficará a poucos metros dos restaurantes, bares e principais atrações da cidade. Apesar de altamente turística, a região parece bem tranquila, sem grandes muvucas.
As acomodações em Luang Prabang nos pareceram, em geral, mais simples em comparação com as que vimos na Tailândia e no Camboja.
Confira a disponibilidade de hotéis e tarifas aqui:
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O que fazer em Luang Prabang em 3 dias
Ficamos 3 dias inteiros e um fim de tarde em Luang Prabang, aqui tudinho que fizemos:
Dia zero (dia de chegada na cidade):
Chegamos no fim da tarde, após check-in no hotel, fomos a pé ao centro turístico da cidade, que é agradabilíssimo.
Jantamos no L’elephant – restaurante fusão francês e laosiano, uma delícia. Não é barato (comparado com as demais opções da cidade), mas vale a pena.
Se você preferir, vale a pena passear pelos bares e restaurantes da Sassavong Street e dar uma olhada no night market – aliás, comer no night market é a opção mais econômica
OBS – tudo que fizemos nesse dia pode ser feito (e provavelmente será feito) em qualquer dos outros dia.
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1º dia: – Cahoeiras Kuang Si e Cavernas Pak-Ou
Cachoeiras KuangSi e Santuário de Ursos Moon Bear
Pela manhã, visitamos as incríveis cachoeiras azul-turquesa de KuangSi e o Moon Bear Sanctuary (santuário dos ursos) – se você curte natureza e quer conhecer, sem perrengues, uma cachoeira lindíssima, com água azul turquesa, e ainda de quebra poder dar um mergulho delicioso, não perca esse passeio.
Para chegar às cachoeiras, são cerca de 40-50 minutos de carro de Luang Prabang até o estacionamento. Uma vez lá, um carro elétrico (incluído na taxa de entrada) leva você até o início da trilha. A trilha é curta e começa à direita, passando pelo Santuário dos Ursos.
Alguns metros adiante, surge a primeira de uma série de cachoeiras, cada uma mais bonita que a anterior. Vale lembrar que são poucos os pontos onde é permitido nadar, e eles ficam próximos ao início da trilha, então aproveite ao máximo assim que surgir a oportunidade. Há um banheiro onde é possível se trocar.
A última cachoeira é a maior e mais impressionante, e definitivamente vale a visita. A partir daí, a trilha é uma pequena descida até o estacionamento.
Fomos com um tour contratado no hotel, mas há algumas agências de turismo na cidade que vendem o mesmo tour, e é possível ir de tuk-tuk.
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Aldeia Hmong
Na volta à Luang Prabang, paramos em uma aldeia Hmong, uma das minorias étnicas do Laos, onde aprendemos sobre o modo de vida dessas comunidades, baseado na agricultura, e sobre suas tradições e crenças. A religião hmong é baseada no animismo e xamanismo e foi muito interessante conhecer alguns de seus costumes e rituais. Na vila que visitamos há um pequeno museu, com uma casa tradicional hmong, com artefatos usados para moer milho, descascar arroz, tecer, fazer papel de arroz e uma casa demonstrando os modos de vida e subsistência.
Depois da aventura matinal, o passeio seguiu para o destino da tarde, as Cavernas de Pak Ou.
Manifa Elephant Camp
Almoçamos no Manifa Elephant Camp, onde pudemos observar elefantes vagando livremente. Se você planeja ver elefantes, é essencial se certificar que você vá em algum lugar em que os animais sejam tratados com ética e respeito. Infelizmente, muitos estabelecimentos ainda exploram e maltratam os animais, e não queremos contribuir com práticas antiéticas.
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Passeio de barco no Rio Mekong e Carvernas Pak Ou
Após o almoço, fizemos o passeio de barco pelo Rio Mekong até o paredão de Pha Hung e Pha An e, em seguida, o complexo de Cavernas Pak Ou.
Essas cavernas são consideradas sagradas pela população e estão repletas de milhares de estátuas de Buda (a maioria em madeira). É possível entrar em parte das cavernas e seguir por uma pequena trilha até uma seção mais elevada da mesma caverna.
De lá o barco volta, rio abaixo em direção a Luang Prabang, parando rapidamente em uma pequena vila especializada na produção de whisky de arroz e depois seguimos navegação ao por-do-sol, um visual belíssimo e imperdível, até chegarmos no centrinho de Luang Prabang já no início da noite.
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2º dia: explorando Luang Prabang
Dia dedicado a conhecer os templos da cidade.
Acorde cedo para presenciar a cerimônia da Ronda das Almas, que acontece na Sisavangvong Street. Esta bela cerimônia envolve os moradores e turistas oferecendo arroz aos monges, que será a única refeição do dia deles. Embora atualmente pareça um pouco super-turístico, é uma experiência emocionante e uma ótima oportunidade para aprender sobre as tradições e cultura do budismo. Se você participar, lembre-se de mostrar respeito aos monges e à população local.
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Depois do café da manhã, há diversos templos a conhecer: Wat Xieng Thong é o maior e mais importante da cidade, mas vale a pena conhecer outros como Wat Mai, Wat Sensoukharam, Wat Visunarat, Wat Nong – andar por Luang Prabang é se encantar descobrindo novos templos a cada esquina.
No final da tarde, fizemos aula de culinária no Tamarind Laos, um excelente restaurante de Luang Prabang que também conta com uma escola de culinária. Aprendemos a cozinhar pratos tradicionais do Laos usando ingredientes e técnicas locais, foram 3 entradas, 2 pratos principais, arroz e sobremesa. Foi uma experiência divertida e deliciosa, e ao final jantamos os pratos por nós mesmos preparados. Há também outras opções para aula de culinária, nesse mesmo formato, em Luang Prabang.
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3º dia: Palácio Real, Museu Nacional, Monte Phousi, Ponte de Bambu
Palácio Real e Museu Nacional
Visitamos o Palácio Real e o Museu Nacional pela manhã (atenção ao horário de funcionamento, pois fecha para o almoço).
Construído em 1904 como o Palácio Real do Rei Sisavang Vong e sua família, o edifício é uma fusão dos estilos tradicional do Laos e francês. Após a morte do rei Sisavang Vong, o palácio foi ocupado pelo príncipe herdeiro Savang Vatthana e sua família até a revolução de 1975. Depois que o novo governo comunista assumiu, o prédio foi convertido em museu nacional e aberto ao público em 1995.
Dentro do museu há uma estátua de Buda de 83 cm chamada Phra Bang (da qual Luang Prabang recebe o nome). A estátua é feita em ouro, prata e bronze e, segundo a lenda, foi criada no Sri Lanka no século I e mais tarde dada de presente por um rei Khmer a seu genro, o rei Fa Ngum, em 1359 que a trouxe ao Laos.
Foi fascinante aprender sobre a história monárquica relativamente recente do Laos no museu. O salão do trono é interessantíssimo – bastante diferente do que costumamos ter em mente quando se fala em “sala do trono” – com paredes em tons de vermelho e mosaicos (semelhantes aos encontrados em Wat Xieng Thong) retratando a história do reino e lendas do Laos, bem como, nas salas adjacentes, murais retratando cenas do estilo de vida tradicional do Laos. Infelizmente, não é possível tirar fotos dentro do museu.
Também localizado dentro do complexto do Palácio Real está o belíssimo Templo Haw Pha Bang, vale a pena conhecer, ainda que não seja possível entrar nele – ao menos quando estivemos lá.
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Monte Phousi
Em frente ao Museu Nacional fica um dos acessos ao Monte Phousi, a colina que domina o centrinho da cidade. Vale a pena subir para vistas panorâmicas de toda a região – dizem que o por-do-sol lá é fantástico, mas não deu certo de irmos nesse horário.
Atravessamos o Rio Nam Khan pela ponte de bambu – ela só é montada na época de baixa do rio; com a subida das águas tem que ser retirada, para ser reconstruída no ano seguinte. Almoçamos num restaurante (não peguei o nome, desculpe) que fica logo ao final da ponte de bambu, com uma vista linda do rio.
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Voltamos e alugamos bikes para passear pela cidade, e ainda sobrou tempo para uma massagem, jantar e assistir ao Teatro de Contação de Histórias tradicionais Garavek – foi uma das atividades mais interessantes que fizemos em Luang Prabang, super recomendo; as histórias são contadas em um ótimo inglês.
Se você tiver só 2 dias em Luang Prabang, dá para condensar a programação do dia 2 e 3 em um único dia, mas provavelmente alguma coisa ficará de fora.
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Mapa com itinerário detalhado da viagem
No mapa abaixo estão todos os detalhes da nossa viagem de 3 semanas ao Sudeste Asiático, tem tudo o que fizemos em Luang Prabang e região: onde nos hospedamos, restaurantes, cafés, passeios, atrações, emfim, tudo já mastigadinho, é só clicar e salvar na sua conta do Google. Quando você for por planejar sua próxima viagem ao Sudeste Asiático, já sabe por onde começar 😉
Nesse post explico como eu planejo minhas viagens usando o Google MyMaps, vale a pena conferir!
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