El Calafate e Glaciar Perito Moreno – o melhor da Patagônia Argentina

No início de abril embarquei numa expedição fotográfica pela Patagônia argentina e chilena com destino a um dos glaciares mais icônicos do planeta, o Glaciar Perito Moreno, que fica em El Calafate.

Durante nove dias, me juntei ao grupo de dez super tops fotógrafos, sob a liderança do incrível Marcello Cavalcanti e exploramos as mais lindas paisagens de El Calafate, na Argentina, e do Parque Nacional de Torres del Paine, no Chile. Nem preciso dizer que foi uma experiência transformadora – aprendi muito, fiz novos amigos, me diverti, enfim, valeu cada minuto.

Nesse post vou contar um pouco sobre El Calafate, que fica na região sul da Patagônia argentina e é a melhor base para conhecer a região, e neste outro post conto como foi a expedição fotográfica no Parque Torres del Paine, no Chile.


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COMO CHEGAR EM EL CALAFATE

El Calafate é bem servida por voos regionais na Argentina, especialmente partindo de Buenos Aires.

De São Paulo (ou de qualquer lugar no Brasil) à El Calafate é necessário fazer escala em Buenos Aires (atenção pois pode ser necessária a troca de aeroporto na capital argentina), e o curioso é que o vôo de Buenos Aires à El Calafate é mais longo que o de São Paulo à Buenos Aires.

Há também voos para a cidade partindo de Córdoba, Bariloche, Ushuaia e Trelew (na época em que pesquisei, mas devem haver ainda outros mais), o que facilita a logística caso você queira fazer um tour pela Patagônia argentina sem perder muito tempo com deslocamentos por terra.

De El Calafate o acesso por terra é fácil para Torres de Paine (no Chile) e El Chaltén (na própria Argentina), dois verdadeiros paraísos para os amantes da natureza e montanhas.

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ONDE FICAR EM EL CALAFATE E GLACIAR PERITO MORENO

Nos hospedamos no Hotel Patagonia Queen, um hotel super aconchegante bem próximo ao centrinho da cidade.

Recomendo pegar um hotel próximo a Av. del Libertador, que é a rua principal do lugar, onde se concentram os restaurantes, bares e lojinhas, boas opções são o Calafate Parque Hotel e o Hotel Picos del Sur.

Confira a disponibilidade dos hotéis e tarifas aqui:

 

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ONDE COMER EM EL CALAFATE

Ficamos poucos dias em El Calafate, e o que posso recomendar é:

NINA Pasión y Sabores restaurante: de longe, a melhor carne que comi na cidade. Só de lembrar já fico com água na boca.

La Zorra Cervejaria: uma super seleção de cervejas artesanais, ótima música e muita animação.

La Oveja Negra: também tem ótimas cervejas.

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O QUE FAZER EM EL CALAFATE

El Calafate é um dos destinos mais populares da Patagônia. Situada às margens do lago Argentino e cercada por montanhas e gelerias, é um paraíso para os amantes da natureza.

Na cidade em si, além de comer, beber e aproveitar para comprar produtos regionais – o doce de calafate é um must e é a lembrancinha perfeita para levar aos amigos e familiares, não há muito mais o que fazer.

O destaque fica para a Intendência do Parque Nacional Los Glaciares, onde há um pequeno centro de visitantes, rodeado por um parque lindo com algumas instalações, antiguidades e quadros informativos sobre a região, sua colonização e fauna e flora.

Aqui o link para o site oficial do Parque Nacional Los Glaciares, onde há algumas informações para te ajudar a planejar sua viagem.

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GLACIAR PERITO MORENO

O Glaciar Perito Moreno é a principal atração de El Calafate e muitos (se não a maioria) dos que para lá vão se limitam a fazer só esse passeio – que, aliás, foi o que aconteceu comigo na primeira vez em que estive lá, em 2008.

Você vai se surpreender ao ver a geleira. É enorme, muito maior do que se você imagina – ao menos, essa foi a impressão que tive. Um espetáculo da natureza. Perito Moreno é uma das poucas geleiras do mundo que não está diminuindo em tamanho (nosso guia falou que é só esta e uma na Groenlândia).

O parque fica a cerca de 75km da cidade e, a não ser que você esteja com seu próprio veículo, a forma mais fácil de visitá-lo é com tranporte providenciado em agências locais – há diversas na rua principal da cidade, ou você já pode deixar agendado por aqui.

Chegando ao parque, há um complexo de passarelas com mais de 4km de extensão, formando vários circuitos: amarelo, verde, vermelho e azul. Dá para andar pelas passarelas sem necessidade de guia.

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O principal rolê é pelo circuito amarelo. Se você estiver com pouco tempo e só der para andar por esse já terá sido suficiente, mas recomendo fortemente explorar os outros circuitos (fui em todos, exceto no verde que não deu tempo). Aliás, se você tiver só um dia (ou algumas horas) em El Calafate, esse é o passeio a ser feito.

Caminhando pelo circuito azul até o final, você chega no pier de onde saem os passeios de barco e onde há um ótimo restaurante – Restó del Glaciar Perito Moreno, almoçamos lá no dia em que visitamos o Glaciar – e um ônibus grátis do parque que lhe levará de volta ao ponto de entrada das passarelas.

Outra clássica forma de ver as geleiras é de barco. Se das passarelas você vê a geleira por cima, do barco você a verá de baixo, e bem de perto. Vale muito a pena. O barco pode já estar incluído no passeio que você contratar, ou ser providenciado na hora (correndo, claro, o risco de estar lotado). Como falei, há um ônibus interno do parque, grátis, que leva da região das passarelas ao pier, ou basta seguir o circuito azul das passarelas até o final.

Perito Moreno é absolutamente deslumbrante, mas a região tem muito mais a oferecer.

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TREKKING NO GLACIAR

Outro clássico: andar nas geleiras!

Esses passeios são feitos obrigatoriamente com acompanhamento de guia, em grupos pequenos. Tem dois tipos: o “mini-trekking“, em que a parte de andar no glaciar dura cerca de 1 hora, e o trekking completo, em que a caminhada dura 3 horas + parada para pic-nic, normalmente chamado “Big Ice”.

Infelizmente, eu deixei para reservar na véspera e não tinha mais disponibilidade para nenhum dos dois, mas você pode tentar. Terei que voltar à El Calafate 😉

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MAYO SPIRIT TREK

Como não consegui fazer o mini-trekking no glaciar, fiz esse passeio que, no final das contas, adorei.

É um misto de passeio de barco + trekking fácil, por uma região do Parque Nacional Los Glaciares que é acessível somente por barco. A primeira parada é na Bahia Toro, com uma pequena caminhada por um trecho de floresta patagônica andina e ao final uma cachoeira de mais de 180 metros.

Voltando ao barco, navega-se um pouco mais até chegar ao início de outra trilha, de cerca de 1km por um vale lindíssimo, até o Glaciar do Cerro Negro, uma geleira suspensa (no alto da montanha).

Voltando novamente à navegação pelo Lago Argentino, o barco continua até o Glaciar Perito Moreno, chegando bem perto da geleira. Essa parte é bem interessante, pois se consegue ver o paredão de gelo de baixo, uma visão bem diferente daquela que temos se tem das passarelas. E nesse dia, ainda havia vários icebergs de tamanho considerável por ali, o barco fez o trajeto por meio deles, uma cena realmente impressionante.

Em seguinda, o barco para no pier por cerca de 2 horas, e dá tempo de visitar novamente as passarelas. Peguei o ônibus gratuito do parque e fui até o estacionamento principal, onde é a entrada do circuito de passarelas, e aproveitar para ir em alguns trechos que não tive tempo de fazer no primeiro dia.

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NAVEGAÇÃO AO GLACIAR UPSALA

Há ainda diversas outras geleiras na região. Há um passeio que, seguindo por outro braço do Lago Argentino, leva até o Glaciar Upsala e o Glaciar Spegazzini, que tem paredões de gelo de até 135 metros. Esse também tive que deixar para a próxima ida a El Calafate, mas dizem que é maravilhoso – e que há oportunidade de ver muitos icebergs!

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SOBRE O TOUR FOTOGRÁFICO

Essa viagem foi parte de um tour fotográfico pela Patagônia, o primeiro desse tipo que fiz. Confesso que, no início, fiquei bastante apreensiva, já que eu não sou – nem de longe – uma expert em fotografia, e não tinha muita ideia do que esperar pela frente.

Mas o líder da nossa expedição – Marcello Cavalcanti, um fotógrafo daqueles que te deixa babando de tanta imagem deslumbrante, foi não só perfeito no planejamento das locações e timing, como impecável na condução das atividades e teve paciência infinita para auxiliar e orientar todos dentro de suas necessidades e expectativas (não é post patrocinado não, todas as despesas com essa viagem foram pagas por mim).

O resultado foi uma viagem inesquecível em que, além de me divertir, conheci pessoas incríveis, aprendi muito e voltei com fotos espetaculares.

Nosso foco era fotografia de paisagem, o que significava que tinhamos que aproveitar ao máximo o nascer e o por-do-sol – todos os dias, saíamos do hotel ainda escuro, passávamos o dia inteiro de locação em locação, cada uma mais espetacular que a anterior, e retornávamos ao hotel exaustos, usualmente bem depois do escurecer.

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No primeiro dia, em El Calafate, o ingresso no Parque Nacional Los Glaciares somente era possível as 8 horas, então a locação para o nascer do sol foi um ponto (aparentemente aleatório mas na real escolhido cuidadosamente pelo nosso fotógrafo líder) numa dessas estradinhas de terra que levam à Cordilheira dos Andes. O nascer do sol nesse dia foi fantástico, com tons de amarelo, laranja, rosa e vermelho se mesclando e alternando ao longo dos minutos.

Em seguida, rodando pelas estradas da região, foram alguns encontros com a vida selvagem patagônica: uma águia chilena, um enorme grupo de cauquéns (o ganso patagônico, símbolo da região), uma raposa e um caracara (o nosso carcará) – nesse momento, eu ainda sem grande familiaridade com a minha teleobjetiva, não consegui aproveitar tão bem a oportunidade, mas faz parte do aprendizado.

Já no Parque Nacional Los Glaciares, as oportunidades de fotos pelas passarelas não faltaram. O alaranjado do amanhecer deu espaço para o azul onipresente da geleira e fotos de todos os possíveis ângulos e enquadramentos. Não pudemos ficar para o por-do-sol pelas restrições de horário do parque, então aproveitamos para voltar a cidade e nos preparar para a viagem, no dia seguinte cedo, até Torres del Paine, no Chile.

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De El Calafate até o hotel que nos hospedamos no Chile, bem próximo à fronteira com a Argentina, foram cerca de 4 horas de carro, cruzando pelo Paso Internacional Don Guillermo. O Parque Nacional Torres de Paine fica cerca de 45 adiante.

A expedição então seguiu por mais 5 dias em território chileno, onde nos realizamos fotografando algumas das paisagens mais espetaculares deste planeta – neste post conto todos os detalhes da jornada fotográfica em Torres del Paine, confira.

este NÃO é um publipost. Todas as despesas da viagem foram pagas por mim.

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