Uma semana em Belize: o roteiro perfeito para sua primeira visita

Belize é o destino perfeito para quem quer aventura, cultura, história e relax em um só lugar.

Essa pequena nação – a segunda menor da América continental, surpreende pela diversidade de experiências. De águas cristalinas repletas de vida marinha a aventuras por cavernas alagadas e florestas tropicais; de ruinas maias às cores e sabores da cultura caribenha; de paisagens deslumbrantes a histórias fascinantes, Belize vai além das expectativas e deixa lembranças inesquecíveis.

Belize foi parte de viagem num combo com a Guatemala: foram dez dias na Guatemala e uma semana em Belize, numa das aventuras mais épicas que fizemos quando as meninas ainda eram pequenas.

Tenho essa viagem como um marco: viajando para um país considerado “perigoso” e outro amplamente “desconhecido”, foi nela que confirmamos na prática que viajar com crianças é muito mais que parques temáticos, resorts e o basicão da Europa. Nossos olhos se abriram, para nunca mais retornar ao estado anterior.

Vem comigo, com ou sem crianças, conferir este roteiro de uma semana em Belize.

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Visão geral do roteiro de uma semana em Belize

Nosso roteiro de uma semana em Belize ficou ótimo e super bem aproveitado para o tempo que tínhamos disponível. Usamos duas cidades como base: San Ignacio, em Belize continental, e San Pedro, na ilha de Caye Ambergris, evitando, desta forma, ficar constantemente trocando de hotel.

1️⃣ Chegada por terra vindo da Guatemala, ruínas de Xunantunich; pernoite em San Ignacio

2️⃣ Ruinas de Cahal Pech, Iguana Conservation Center (opção: ruínas de El Caracol); pernoite em San Ignacio

3️⃣ Cave tubing, ida a Belize City e barco para Caye Ambergris; pernoite em San Pedro

4️⃣ Caye Ambergris; pernoite em San Pedro

5️⃣ Caye Ambergris; pernoite em San Pedro

6️⃣ Caye Ambergris; pernoite em San Pedro

7️⃣ Ida para Cidade da Guatemala

Se você tiver menos tempo, considere reduzir um dia em San Ignacio e um dia em Caye Ambergris; caso curta mais atividades na floresta que na areia, acrescente mais um dia em San Ignacio e reduza um dia em Caye Ambergris.

Para detalhes do que fazer em cada um desses locais, confira nosso post com o que fazer em Belize – o melhor de San Ignacio, Caye Ambergris e Caye Caulker.

Caye Ambergris é uma ilha de Belize, no Mar das Caraíbas. Outra ilha na mesma região é Caye Caulker, uma ilha menor e com estrutura mais simples, mas igualmente atrativa. No post sobre o que fazer em Belize tem mais informações sobre cada uma dessas ilhas, para te ajudar a decidir em qual delas ficar.

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Como ir da Guatemala a Belize (e vice-versa)

Como comentei no post do roteiro da Guatemala, optamos não alugar carro e fazer tudo com transporte público ou privado. Foi um pouco difícil conseguir as informações, então se prepare que aqui te dou tudo de bandeja.

Belize e Guatemala compartilham uma fronteira de 266km, uma linha reta que separa os países: Belize a leste, Guatemala a oeste. Mas não é tão simples assim: em 1859 foi assinado um acordo definindo os limites entre os países, porém a Guatemala reinvindica uma área de aproximadamente 11 mil km2 (praticamente metade do atual território de Belize) e o assunto ainda está pendente. Mesmo com essas tensões, cruzar a fronteira foi simples e sem stress.

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Como ir da Guatemala para Belize:

Nossa última parada na Guatemala foi em Tikal, onde nos hospedamos no Hotel Jaguar Inn Tikal, que fica exatamente ao lado das ruínas maias. Recomendo muito ficar nesse hotel (ou nos outros poucos ao seu redor), mas veja bem: o hotel é no meio do nada, não há uma cidade ali. A cidade mais próxima é Flores, que é onde a maioria dos visitantes se hospeda.

Para pegarmos um transporte público, teríamos que ir primeiro à Flores de transfer, rodando cerca de 1h, para então pegar um ônibus. Ou seja, não valia a pena. Já que teríamos que pegar um transfer, então que este nos levasse até nosso próximo destino: San Ignacio, em Belize. Entrei em contato com o Hotel Jaguar Inn Tikal e eles arranjaram o transporte.

Após o café da manhã, o carro nos aguardava e nos levou até a fronteira com Belize. Lá descemos e fizemos os trâmites de fronteira a pé: carimbamos a saída da Guatemala, andamos cerca de cem metros e fizemos a entrada em Belize. Brasileiros não necessitam visto para estadias de até 90 dias. Não há taxa de entrada, mas há de saída (US$20 por via terrestre; por via aérea usualmente está incluso no valor da passagem).

Com os passaportes carimbados, demos adeus a nosso carro e motorista guatemalteco; um carro e motorista belizenho estava a nossa espera. Dali até nossa primeira parada no país – as ruínas maias de Xunantunich, levou cerca de 30 minutos. O motorista nos aguardou e depois nos levou ao nosso hotel em San Ignacio, o Cahal Pech Village Resort.

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Como ir de Belize para Guatemala:

Nosso último dia em Belize foi dedicado à missão de ir de Caye Ambergris à Cidade da Guatemala (onde, no dia seguinte cedo, nosso voo nos levaria de volta à casa).

Procurei um voo, que seria a forma mais simples, fácil e rápida. De Belize City à Guatemala City há um único voo, pela companhia TAG, cujo valor do trecho, na época, era maior que o valor da passagem de São Paulo à Cidade da Guatemala, ida e volta. Óbvio que eu não aceitaria esse roubo. Bora passar perrengue e ter história para contar.

Comprei um voo de Flores (na Guatemala) à Cidade da Guatemala, e fomos para Belize sem saber como faríamos para voltar a Flores e pegar o voo. Total espírito aventureiro: chegando lá a gente descobre. Deu tudo certo, e nem foi tão perrengue.

Como falei para as crianças, foi o “dia dos meios de transporte”.

Saímos do hotel cedo com uma van até o pier, onde pegamos o ferry para Belize City. Estávamos viajando em março (era temporada, mas não é considerada alta-temporada) e compramos os tickets na hora, sem reserva prévia.

Chegando em Belize City, no próprio terminal de ferry pegamos um ônibus para Flores, na Guatemala. Um desses ônibus centro-americanos bem pitorescos: as malas vão todas amarradas no teto do veículo, com uma lona por cima, e a galera nos assentos altamente desconfortáveis e relativamente mal-cheirosos com as janelas bem abertas, tentando (sem sucesso) não suar tanto.

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Os trâmites na fronteira foram os mesmo da ida: sair de Belize (e pagar a taxa de US$20), caminhar até a Guatemala, entrar na Guatemala e ir até o ônibus (o mesmo ônibus, porém agora com motorista guatemalteco) que nos esperava do outro lado da fronteira.

Mas, como era de se imaginar, o ônibus atrasou. Se fossemos até a rodoviária de Flores, para de lá pegar um táxi ao aeroporto, perderíamos o voo para a Cidade da Guatemala e, como um castelo de cartas, nosso voo no dia seguinte ao Brasil. Vi, pelo Google Maps, que o ônibus passaria em frente ao aeroporto e o motorista topou parar para nos deixar. Não só parar, mas ele teve que subir no teto do ônibus, desfazer a amarração das malas para pegar as nossas, depois amarrar tudo de novo. Enfim, um cara muito gente boa (certamente sensibilizado por aqueles loucos brasileiros com duas crianças pequenas a tiracolo).

No aeroporto foi aquela correria mas conseguimos embarcar e, chegando na Cidade da Guatemala, pegamos um taxi para nossa hospedagem, o Meraki Boutique Hotel. Cinco transportes diferentes, ao longo de mais de 15 horas, num único dia. Sobrevivemos e abrimos uma nova etapa no jogo: dá para viajar com crianças com emoção e uma leve pitada de perrengue.

Se você preferir já garantir seu transporte de Belize a Flores com antecedência, aqui tem algumas opções que parecem melhores que a que pegamos.

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Onde ficar em Belize

Onde se hospedar em San Ignacio

Em San Ignacio, ficamos duas noites no Cahal Pech Village Resort. Achei um ótimo custo-benefício, a estrutura do hotel é excelente, as meninas adoraram a piscina, e o por-do-sol foi incrível. O hotel fica em frente às ruínas maias de Cahal Pech, dá para ir a pé.

Outras opções que eu havia pesquisado foram o San Ignacio Resort Hotel, com quartos amplos e uma piscina convidativa, e o Yumas Riverfront Lodge, lindo e charmosíssimo, porém um pouco mais afastado da cidade.

Agora, se você quiser mesmo aproveitar uma experiência de hospedagem sem igual, Belize não vai te decepcionar: o Blancaneaux Lodge tem as cabanas na selva mais charmosas que já vi; o Gaia Riverlodge é o sonho em forma de hotel de selva; e o Ka’ana Resort & Spa, tem pequenas vilas cercadas por lindos jardins. Se você for, me conta, pois devem ser incríveis.

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Onde se hospedar em Caye Ambergris – San Pedro

O principal vilarejo da ilha de Caye Ambergris é San Pedro, e se você quiser estar próximo a restaurantes e comércio local, ali é o local a ficar.

Ficamos no Xanadu Island Resort, em um apartamento muito amplo, com dois quartos, cozinha completa e uma sala de estar gigante. A piscina era um pouco pequena, mas foi suficiente para as crianças se divertirem muito.

Há diversas opções na ilha, para todos os gostos e bolsos. O Alaia Belize estava em construção quando estávamos lá e parece incrível, assim como o Victoria House Resort & Spa. Opções com melhor custo seriam o Caribbean Villas Hotel, assim como, no centrinho de San Pedro, o La Casa de Paz Hotel e o Hotel del Rio.

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O sargasso em Belize

Belize, assim como outros destinos no norte do Caribe, sofre muito com o sargasso.

Trata-se da proliferação excessiva de algas do genero Sargassum , que flutuam em massa na superfície e, levadas pelas correntes marítimas, acabam nas praias do litoral desses países.

Ao chegar na areia, as algas morrem e forma-se uma montanha de resíduos orgânicos que – como você deve imaginar – começa a se decompor, gerando um odor forte. Pense em ovo podre com uma pitada de enxofre.

E não adianta o hotel bacaninha falar que eles limpam a praia e fica tudo bem. É muita alga, é como enxugar gelo. Limpou hoje, no minuto seguinte já vem novas algas, 24hs por dia sem parar, e quando você acorda no dia seguinte já há uma montanha de alga na sua porta novamente. Entrar no mar também é um desafio, tamanha a quantidade de plantas.

Fomos a Belize em março e pegamos MUITO sargasso. Não sei dizer se há alguma época do ano que haja menos, ou se varia ano a ano; pelo que conversamos com os moradores locais demos um certo azar, mas fiquei com a impressão que há sargasso, em maior ou menor medida, o ano inteiro. Porém é verdade que alguns dias o cheiro estava mais forte, e em outros dias mais leve, eu imagino que essa diferença tenha relação com o vento, que em alguns momentos soprava o cheiro para longe de nós.

O National Meteorological Service de Belize tem um “Sargassum Forecast“, vale a pena conferir. Na data de elaboração deste post, estava classificado como baixa probabilidade e mínimo impacto.

Se eu voltaria às praias de Belize, mesmo sabendo do sargasso? Sim, voltaria. Amei o clima caribenho das ilhas, os passeios que fizemos foram memoráveis e encontramos praias lindíssimas que não tinham sido atingidas pelas algas. Eu penso que viajar para um destino de praia é muito mais que ficar lagarteando na areia e nadar no mar, é curtir o clima, a paisagem, a comida, a hospitalidade dos locais e as aventuras, em terra e em mar, que o destino oferece. Como disse no início deste post, Belize não decepciona.

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Moeda e câmbio em Belize

Belize foi uma colônia inglesa e obteve sua independência apenas em 1981! Até hoje é parte da Commonwealth Britânica e tem a Rainha Elizabeth estampada em suas cédulas. Mas, apesar disso, a moeda chama dólar belizenho, ou dólar de Belize.

A cotação é fixa: US$1,00 = BZ$2,00

Notas de dólares norte-americanos são amplamente aceitas, e é muito comum você pagar em uma moeda e receber troco em outra, ou uma mistura de ambas as moedas.

Ao longo do nosso roteiro de uma semana em Belize, não fizemos câmbio: usamos as notas de dólares que tínhamos, e bastante o cartão de crédito / cartão de débito multimoedas. Nos últimos dias, gastamos com muita eficiência todos os dólares de belize que tinhamos em mão, não sobrou nenhum nem para tirar foto.

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Idioma e segurança em Belize

Sabia que Belize é o único país da América Central cuja língua oficial é o inglês? O sotaque é um pouco diferente, um mixto de inglês britânico e influências caribenhas, mas em pouco tempo pegamos o jeito e fluiu tudo super bem.

Não tivemos nenhum problema, seja de comunicação, seja de segurança, enquanto estivemos lá. Todas as pessoas com as quais interagimos foram simpáticas e atenciosas. Em nenhum momento nos sentimos inseguros.

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O que fazer em Belize

Para maiores detalhes e informações sobre o que fazer em Belize, confira o post específico que escrevemos, com tudo que fizemos, o que mais gostamos, e dicas para você aproveitar o melhor de seus dias em Belize.

Mas para facilitar sua vida, segue aqui uma visão geral das principais atrações do nosso roteiro de uma semana em Belize:

O que fazer em San Ignacio

Conhecer Ruínas Maias: Há diversos sítios arqueológicos maias em Belize, muitos deles na região de San Ignacio: Xunantunich, Cahal Pech e El Caracol – neste post conto mais detalhes sobre cada uma dessas ruínas maias. Outras ruínas maias interessantes para conhecer em Belize são Lamanai, Cerros, Labaantun e Nim Li Punit (estas duas usualmente são visitadas em conjunto).

Aventurar-se por cavernas inundadas: uma das atividades que mais gostamos em Belize foi o cave-tubing. Para os mais aventureiros, recomendo a caverna ATM – Actun Tunichil Muknal – confira todos os detalhes neste post.

O que fazer em Caye Caulker e Caye Ambergris

Mergulho e snorkell: Lar da maior barreira de corais do hemisfério norte e segunda maior do planeta, Belize é um destino imperdível para quem ama a vida marinha.

Curtir uma praia: em Caye Ambergris, recomendo a Secret Beach

Alugar uma bicicleta e pedalar pela ilha, seja em Caye Ambergris, seja em Caye Caulker

Conhecer as ruinas maias de Altun Ha: apesar de situadas no continente, o acesso a partir de Caye Caulker ou Caye Ambergris é muito fácil

Tudo isso está detalhado no post sobre o que fazer em Belize, confira!

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Espero que tenha gostado do nosso guia de Belize? Confira no blog as dicas do que fazer em Belize, e da Guatemala, que visitamos na mesma viagem. E se precisar de algo mais, pode me chamar no Instagram!

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Todos os nossos posts sobre viagens no Brasil, vem conferir e partiu conhecer mais do nosso país:

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