O que fazer em 3 dias em Bogotá

Primeira vez em Bogota? Aqui tudo o que você precisa saber para aproveitar a maior cidade colombiana. Estivermos 3 dias em Bogotá e aqui te trago mastigadinho e detalhado o que há para fazer por lá!

Nossa viagem à Colômbia durou doze dias, e começamos pela capital do país, Bogotá, despois seguimos para Cartagena e terminamos no Parque Nacional Tayrona, próximo da cidade de Santa Marta. Foi uma introdução perfeita para a Colômbia e uma viagem muito gostosa.

Apesar de se situar bem próximo a linha do Equador, Bogotá fica a 2.600 metros de altitude, o que lhe dá um clima ameno o ano inteiro. Estivemos lá em janeiro (tecnicamente inverno, pois Bogotá, apesar de situada na América do Sul, está no hemisfério norte) e estava uma temperatura agradável, sol e calor ameno durante o dia, mas aquele friozinho gostoso no início da manhã e a noite.


O que fazer em 3 dias em Bogotá

O primeiro dia em Bogotá envolveu chegar na cidade, ir ao hotel – nosso hotel era próximo ao Parque de la 93, na zona norte da cidade, descansar e explorar a região ao redor, cheia de restaurantes, bares e lojinhas.

Almoçamos, tomamos sorvetes, experimentamos o café local, na onipresente Juan Valdez (eu diria que é o equivalente a Starbucks colombiana – apesar de haver Starbucks lá, inclusive uma ali no Parque de la 93) mas também numa cafeteria local (Azahar Café), brindamos o início da viagem com uma cerveja local, as crianças aproveitaram o parquinho do Parque de La 93 e depois a piscina do hotel (que tem uma vista linda da cidade). Ou seja, modo férias on – sem compromissos, sem stress.

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La Candelaria

No dia seguinte, fomos explorar o centro histórico da cidade, no bairro La Candelaria. Se prepare para andar: há muita coisa legal. Fomos de uber e foi absolutamente tranquilo. Era domingo, não tinha trânsito algum nas ruas e, exatamente por ser domingo, o centro aparentava estar relativamente vazio. Creio que em dias de semana haja mais fluxo de pessoas.

Fizemos tudo por lá a pé, dá para andar na boa, sendo uma ótimo alternativa pegar um passeio a pé guiado.

Fomos até a Plaza de Bolivar, que é a principal praça de Bogotá, onde fica a sede do Legislativo Nacional, do Poder Judiciário e a belíssima Catedral (Catedral Primada de Colombia), além de outros prédios históricos e governamentais. A construção da Catedral foi iniciada em 1807 e concluída em 1823.

Há muitos ambulantes na região, principalmente na frente da Catedral, vendendo de tudo: comida, artesanato, balões de ar quente, lembrancinhas, bugigangas em geral. Sugiro experimentar a manga com limão e sal – pode parecer meio estranho, mas é uma delícia.

Dali, seguindo pela Calle 11, estão o Centro Cultural Gabriel Garcia Marquez e o Museo Botero, além do Museu da Independência, da Biblioteca Luis Angel Arango e igrejas e outros edifícios históricos.

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Museo Botero

O Museo Botero é imperdível. Fica em um conjunto de casas coloniais e é mantido pelo Banco de la Republica de Colombia.

No ano 2000, o artista Fernando Botero – aquele dos “gordinhos” – doou para a criação do museu uma coleção de 123 obras de sua autoria e 85 de artistas internacionais – entre eles Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Claude Pissaro, Edgar Degas, Salvador Dali, Pablo Picasso, Toulousse Lautrec, Joan Miró, Francis Bacon, Alexander Calder, Gustav Klimt, Giacometti e outros artistas do século XIX em diante.

A entrada é gratuita e a visita é agradabilíssima. As obras de Botero são simples e, ao mesmo tempo, absolutamente interessantes – as releituras de obras famosas são divertidas, além dos animais , todos muito gordinhos e com expressões impagáveis, até frutas gordinhas tem por lá.

As salas são organizadas em volta do patio interno em uma casa histórica, de uma forma muito simpática e fácil de apreciar. É um museu pequeno e muito bem organizado, dá para curtir cada sala no seu tempo, e mesmo assim visitar tudo em poucas horas, sem stress e sem muvuca (ao menos quando estivemos por lá, estava bem longe de lotado),

O café anexo ao museu é ótimo.

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Centro Cultural Gabriel Garcia Márques

Passamos também no Centro Cultura Gabriel Garcia Márques – fã que sou do escritor, confesso que esperava mais do local. Quando fomos, não havia nenhuma exposição nem evento – talvez por estarem ainda em vigor algumas restrições em razão da pandemia de COVID-19.

Ainda assim, a livraria que há no local é excelente, com uma boa oferta de livros em inglês e outros idiomas, e o terraço no andar superior é agradável para uma pausa enquanto se observa o movimento na rua abaixo. Há também uma filial do onipresente Café Juan Valdez.

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Museo del Oro

Do Museu Botero ou do Centro Cultural Gabriel Garcia Marques são poucas quadras caminhando até o Museo del Oro. Mais uma parada obrigatória na sua visita a Bogotá, o Museu do Ouro apresenta a história, cultura e arte dos povos pre-colombianos da região.

A quantidade de peças de ouro é impressionante, além de inúmera peças em outros materiais como prata, cerâmica, pedra, osso, concha e texteis, de diversas épocas, culturas e povos que habitaram a região que hoje é a Colômbia. É muito bem organizado e sinalizado em espanhol e inglês.

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Uma das peças mais impressionantes do museu é a “Balsa Muisca de las Ofrendas“, que é considerada o símbolo da lenda de “El Dorado”. Os painéis da sala contam essa lenda, que trata da investidura de chefes locais consagrada em rituais com corpos nús banhados em pó de ouro e pedras preciosas atiradas ao lago. Vale a pena parar uns minutos para ler a história.

Ao lado do Museu do Ouro há diversas lojas de produtos típicos colombianos e alguns cafés.

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Bike tour de Bogotá

No terceiro dia em Bogotá, tinhamos planejado ir à Catedral de Sal (mais sobre ela a seguir) mas mudamos os planos e resolvemos aproveitar para conhecer um pouco mais a cidade, de uma forma divertida, e que se mostrou perfeita: um bike tour de Bogotá.

Fizemos com a Bogota Bike Tours, (aqui você encontra outras opções) nosso guia foi o Michel, gente boníssima, excelente biker e muito culto, nos ensinou sobre a história do país e da cidade, nos explicou como Bgotá se organiza espacial e socialmente e pudemos conversar muito sobre a situação social e política atual do país e seus desafios. Realmente um passeio que valeu a pena em todos os aspectos.

Fizemos várias paradas durante o passeio. Diversas para nosso guia nos explicar sobre a cidade, os prédios ao redor e acontecimentos históricos que ali se desenrolaram, e muitas outras paradas para comer! Primeiro no Parque Nacional, depois numa sorveteria com sabores típicos da região, depois no mercado para degustação de frutas locais – uma mais deliciosa que a outra, nem preciso dizer que voltamos ao hotel com uma sacola cheia delas. O mercado que paramos foi o Plaza de mercado de Las Nieves, mas o maior e mais conhecido é o Paloquemao, também ali na região.

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A última parada – a mais esperado pelos os adultos 🙂 foi numa cafeteria local, em que conhecemos todo o processo de torrefação, moagem e preparo do verdadeiro café colombiano – nessa hora, o espaço na mochila já estava pequeno, mas demos um jeito para incluir alguns quilos de café, é claro.

Como estávamos com crianças e, apesar delas andarem bem de bike, tínhamos dúvida se acompanhariam o ritmo do grupo, optamos por um passeio privado. Deu super certo e foi excelente, mas teria sido bem legal fazer em grupo e aproveitar a oportunidade para conhecer outras pessoas.

Fizemos o passeio numa segunda-feira, mas era feriado nacional e, assim como acontece aos domingos, diversas ruas estavam fechadas para carros e liberadas para pedestres e ciclistas, muita gente aproveitando o dia ao ar-livre. Se puder fazer o passeio num domingo/feriado ainda há essa vantagem.

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Outros passeios em Bogotá

Depois do bike tour, tinhamos planejado subir em Montserrat (já que o local de partida e chegada do bike tour é ali no centro, relativamente perto da estação do funicular que leva morro acima), mas as crianças estavam cansadas, a mochila pesada de tanta coisa gostosa que tinhamos comprado no caminho, todos com fome e tal, então decidimos deixar mais esse passeio para a próxima.

Nos disseram que vale muito a pena subir, dá para ir de funicular, teleférico ou a pé por uma trilha de aprox. 2,5km – são cerca de 500 metros de desnível – recomendam fazer a trilha apenas aos fins de semana ou feriados. Além das incríveis vistas da cidade, lá em cima há a Igreja de Montserrat, restaurantes e lojinhas de artesanato.

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O que fazer perto de Bogotá

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Catedral de Sal de Zipaquirá

Como disse, no último dia em Bogotá nossa inicial seria ir à Catedral de Sal de Zipaquirá. Como o nome sugere, é uma catedral feita interamente de sal. Foi construída no que antes eram minas substerrâneas de sal, a 180m de profundidade e é uma das atrações turísticas mais visitadas do país. Fica na cidade de Zipaquirá, a cerca de 50km de Bogotá, com acesso fácil por ônibus, trem, carro ou com um tour.

O local parece ser realmente fascinante, mesmo para quem não tem interesse em turismo religioso, e se tivéssemos um dia a mais em Bogotá certamente seria esse o nosso destino.

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Villa de Leyva

Villa de Leyva é uma cidade colonial a cerca de 160km ao norte de Bogotá. É conhecida por suas construções coloniais brancas e vielas de paralelepípedos. Fundada em 1572, teve seu apogeu no século XVII e desde então se manteve praticamente intocada, é considerada um dos melhores exemplos de arquitetura colonial no país. Hoje a cidade vive basicamente do turismo e é um dos destinos preferidos dos bogotanos nos fins de semana.

É possível visitá-la em tours de um dia de Bogotá, mas dependendo do trânsito pode se levar mais de 3 horas para chegar até lá, o que me pareceu bastante cansativo. Tem passeios organizados a partir de Bogotá, o que pode ser uma opção menos cansativa, vale a pena conferir. Outra opção é se hospedar por lá, há diversas opções de pousadas super charmosas e hotéis, como o Hotel La Corada ou o Hotel Villa del Angel, ambos com ótimo preço e bem no centrinho da cidade.

Onde ficar em Bogotá

Nossa proposta para os dias que ficamos por lá era aproveitar a cidade e a curtir a vida local. Queríamos conhecer como é morar na cidade, nos afastando um pouco das áreas tipicamente turísticas. Depois de pesquisar na internet, decidimos pela area norte da cidade – Chapineiro, Chicó e Parque de la 93.

Ficamos no Hotel Estellar Parque de la 93, próximo a diversos restaurantes, bares, lojinhas e cafés, uma região deliciosa. De certa forma, lembra muito a região que moramos, mas com ares diferentes. Sabe aquela sensação, de se sentir em casa, mas em outro país?

Pelo que pudemos perceber, aquela região concentra mais o turismo de negócios e o residente local de renda mais elevada. Ou seja, muito longe de um retrato da realidade ordinária do país, mas nem por isso um local desinteressante para se visitar e se hospedar.

Se você prefere se hospedar na área central, uma área muito popular entre os turistas é o Bairro La Candelaria. Uma opção que vi nessa região e me pareceu boa é o Hotel Casa Deco.

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O que e onde comer em Bogotá

Bogotá é uma cidade cosmopolita, com restaurantes para todos os paladares e bolsos, então imagino que você, assim como nós, terá ótimas experiências gastronômicas por lá.

Por lá, aproveite as comidas de rua: arepas (uma espécie de massa de panqueca feita de milho), tamales (massa de milho, parecida com uma pamonha, que pode ser recheada com porco ou frango), patacones (massa de banana da terra frita), vale a pena parar nas barraquinhas, seja no centro ou em algum parque, e experimentar tudo!

E as frutas!! Há tnata variedade de frutas por lá, algumas conhecidas ou parecidas com as que estamos acostumados, outras completamente diferentes – e deliciosas. Do que me recordo, experimentamos granadilla (maracujá doce), pitaya amarela (bem diferente da que tem por aqui), lulo, tomate de arbol, guanabana (graviola), mangostino, feijoa, uchuva (physalis), zapote, curuba, além é claro das frutas mais usuais, como carambola, manga, maracuja, morango, piña (abacaxi), banana e abacate.

Um prato típico do país, encontrado em todos os restaurantes locais, é a bandeja paisa – uma espécie de P.F. com normalmente com arroz, feijão, ovo frito, pantacones, linguiça frango ou carne, abacate e torresmo. Outro prato característico da cidade é o ajiaco, uma espécie de sopa com milho, frango, abacate e outros vegetais.

Na região central da cidade, há diversos restaurantes, lanchonetes, bares, barraquinhas. ou seja, não vai faltar opção para comer. Fomos num restaurante bem simples, próximo a Plaza de Bolivar, nada digno de nota e do qual não me lembro o nome.

O que posso indicar são os restaurantes que fomos na região do Parque de la 93 – além desses, há muitos outros que parecem bem bons:

– Vista Corona Bogotá

– Crepes & Waffles Parque de la 93

– La Diva, Calle 93 Bogota

– La Lucha Sangucheria Criolla 93

– Chef Burger Parque 93

– Cacio & Pepe

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Como chegar em Bogotá e como se locomover em Bogotá

Fomos de São Paulo à Bogotá em voo direto da Avianca. Tranquilo e rápido, uma ótima experiência. Do aeroporto ao hotel fomos de taxi, pre-agendado diretamente com o hotel.

Nos locomovemos pela cidade de Uber ou taxi, também absolutamente tranquilo.

Depois de Bogotá, fomos de avião até Cartagena de Indias, e de lá alugamos um carro para explorar as praias e o Parque Nacional Tayrona.

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