Guia para visitar a Amazônia: Manaus, Novo Airão & Anavilhanas

duas crianças, de costas para câmera, em barco em rio da Amazônia, nas margens se veem muitas árvores. É um dia de sol com poucas nuvens.

Tudo que você precisa saber para visitar a Amazônia, incluindo Manaus, Novo Airão e o Parque Nacional de Anavilhanas.

Fazia muito tempo que eu sonhava em visitar a Amazônia brasileira. Essa vastidão de águas e florestas que tanto ouvimos falar – seja por suas riquezas naturais e belezas incomparáveis, seja pela constante ameaça que paira sobre ela, a Amazônia morou por muito tempo apenas na minha imaginação. Confesso que sofria de uma certa síndrome do impostor: como assim eu, uma brasileira, que já viajei por mais de 50 países, nunca havia colocado os pés na Amazônia?

Mas um dia a hora chega! Parti rumo a Manaus e imergi na floresta amazônica tendo como base a cidade de Novo Airão, a 2h30 de carro da capital do estado do Amazonas. Foi surpreendentemente fácil (e mágico) explorar praias de rio na estação seca, navegar pelos igapós na cheia e fazer trilhas pelo coração da selva, e finalmente conhecer a fauna e flora desta floresta que tanto ouvimos falar.

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Este guia prático reúne o essencial para planejar a sua viagem à Amazônia: do quando ir e como chegar às dicas de hospedagem (para todos os orçamentos) e os passeios imperdíveis.

Viajei à Amazônia em janeiro e peguei a transição das estações, que me permitiu aproveitar o melhor dos dois mundos: nadar nas praias e passear de barco pelo meio das árvores nos igapós. Vem comigo, visitar a Amazônia é mais fácil, barato e confortável do que você imagina!

Fizemos essa viagem junto com Alter do Chão, confira no link todos os detalhes para conhecer esse outro paraíso amazônico.



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Ficha rápida

Melhor base: Manaus + Novo Airão (2h30 horas de carro de Manaus)

Melhor época para visitar: seca (set-fev) para praias; cheia (mar-ago) para igapós
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Duração ideal: 4 a 7 dias

Perfil: para quem curte natureza, história, vivência com povos locais, vida selvagem e lindas paisagens
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Internet: boa nas cidades; limitada nos lodges de floresta (verificar caso a caso)

Com crianças? sim, super viável!

Nível de perrengue: baixo a baixíssimo (a depender da acomodação escolhida)
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Manaus, a porta de entrada da Amazônia

Conhecer Manaus era um sonho de infância! Ver o encontro das águas e o Teatro Amazonas eram experiências no topo da minha wishlist.

Eu tinha tudo planejado para ficarmos três dias em Manaus, mas por algumas questões pessoais e de saúde, tivemos que reduzir a viagem. Deixamos Manaus para uma próxima oportunidade e concentramos nossos dias de férias no Parque Anavilhanas (em Novo Airão) e em Alter do Chão, no Pará.

Nosso voo pousou em Manaus no fim da tarde, ficamos uma noite na cidade e no dia seguinte logo cedo partimos em direção a Novo Airão.

Aqui compartilho tudo que eu tinha planejado para nossos dias em Manaus. Quando você for, vou adorar ouvir sua experiência, me conte lá no Instagram!
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Como chegar em Manaus

A melhor forma de chegar em Manaus é de avião. O Aeroporto Internacional Eduardo Gomes (código MAO) recebe voos das principais cidades brasileiras, como São Paulo (apenas o aeroporto de Guarulhos tem voos diretos a Manaus), Rio de Janeiro, Brasília, Campinas, Fortaleza, Belém e Belo Horizonte, dentre outras. A cidade também tem conexões internacionais com a Colômbia (Bogotá), Panamá, Estados Unidos (Miami) e Venezuela.

Nós partimos de São Paulo, aeroporto de Congonhas, e fizemos escala em Brasília; na volta, fomos de Manaus a Santarem, que fica a cerca de 30km do nosso próximo destino, Alter do Chão.

Para quem quer uma experiência amazônica imersiva, é possível chegar em Manaus por via fluvial. De Belém a Manaus, pelo Rio Amazonas, são de 4 a 6 dias de viagem, dependendo da embarcação e das condições de navegação. Entre as operadoras que identifiquei estão a Bellturismo e a Macamazon (não usei nenhuma dessas empresas, estou deixando os links para te ajudar caso te interesse).

A principal conexão rodoviária de Manaus é com Porto Velho (RO) pela BR-319. São cerca de 900 km, incluindo algumas travessias em balsa, porém essa rodovia têm trechos condições muito ruins. Em época de chuvas pode ficar intransitável para carros de passeio, sendo recomendável apenas para veículos 4×4, e mesmo assim com grande dose de emoção.
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Onde ficar em Manaus

Ficamos no Hotel Chez Les Rois Guesthouse, uma pousada bem simples (simples mesmo) e adequada para o preço que cobra. Como foi só para dormir uma única noite, valeu a pena. Para mais dias, talvez valesse a pena algo com uma localização mais central.

A melhor região de Manaus para se hospedar é próximo ao Largo de São Sebastião, uma região bastante turística, considerada segura e com muitas opções de restaurantes, bares e comércio, além de fácil acesso a transporte público. As opções que pesquisei e que pareceram boas foram o Hotel Villa Amazônia, com uma ótima piscina, e o Juma Ópera, um dos melhores da cidade, ao lado do Teatro Amazonas. Para uma hospedagem mais econômica, o Casa Perpétua Hotel d’Charm parece ser uma opção bem justa, assim como o Seringal Hotel.

Como nas demais grandes cidades brasileiras, em Manaus há diversos hotéis de grandes redes; os que me pareceram melhores e com preço razoável (e em cujas redes já tivemos boas experiências), são o Intercity Manaus e o Quality Hotel Manaus.
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O que fazer em Manaus

Nossa programação em Manaus era a seguinte:

1º dia – Passeio de barco para ver o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões. Normalmente, esses passeios incluem visita a comunidade indígena e atividades como pesca de pirarucu, avistamento de botos, mergulho no Rio Negro, enfim, um pout-pourri de atividades amazônicas que acaba sendo interessante para quem tem pouco tempo disponível. Nesses links você consegue reservar os passeios com antecedência, mas é possível ir simplesmente até o porto de Manaus e marcar diretamente com os prestadores locais.

2º dia – Passeio por Manaus e seus museus: Centro Cultural Palácio da Justiça, Teatro Amazonas, Centro Cultural dos Povos da Amazônia, Mercado Municipal Adolpho Nogueira, Centro Cultural Palácio Rio Negro, Museu da Amazônia – MUSA. Eu gosto de começar a conhecer as cidades que visito com um walking tour, é a melhor forma de conhecer a história do local e aprender sobre o que faz aquele destino tão especial; depois é só seguir, a pé ou de uber, para os demais pontos de interesse. Se tiver energia, recomendo aproveitar o fim da tarde na Praia da Lua e da Ponta Negra.
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3º dia – Cachoeiras de Presidente Figueiredo. A cerca de 150 km de Manaus (2hs de carro), a cidade de Presidente Figueiredo vem ficando cada vez mais famosas com suas diversas cachoeiras e poços. Para realmente conhecer o local, o mais indicado é se hospedar ao menos uma noite na cidade, mas se o tempo estiver curto, há passeios bate-e-volta a partir de Manaus. Verifique as opções no site da Civitatis ou do Get Your Guide e confie no seu guia, pois as cachoeiras e poços variam muito de acordo com a estação e o nível das águas: vá onde o guia indicar que é o melhor naquele momento.

Confira aqui mais sobre o que fazer em Manaus.
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Depois, seguimos nossa exploração amazônica em Alter do Chão, no Pará – clique no link e confira todas as dicas!

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Novo Airão e o Parque Nacional de Anavilhanas

Novo Airão é uma pequena cidade, à margem direita do Rio Negro, que atualmente tem o turismo como uma de suas principais atividades. A cidade tem uma estrutura bem simples, preservando aquele charme característico das cidades do interior brasileiro.

Anavilhanas é o segundo maior arquipélago fluvial do mundo, com mais de 400 ilhas. O Parque Nacional foi criado em 1981 e abrange uma área de floresta amazônica de mais de 3,5 mil km2.

Entre praias de areias brancas, rios, matas, sombra e água fresca, a Amazônia, para mim, é um dos lugares mais especiais do Brasil. Além de experiências incríveis, este turismo de imersão nos proporciona contato íntimo com a natureza e, ao mesmo tempo, nos ensina a respeitá-la.

A água do Rio Negro – como o nome sugere – é bem escura mesmo, mas é limpa e tem uma temperatura deliciosa. Como tem pH ácido, não favorece a proliferação dos mosquitos – acreditem ou não, não vimos nenhum mosquito nessa região.
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Como chegar em Novo Airão – Parque Nacional de Anavilhanas

De Manaus à Novo Airão são cerca de 2h30 de carro, ou 9 horas em barco de madeira típico da região (viagem noturna, cada passageiro tem que levar sua rede para dormir). O espírito de aventura aqui é grande, mas o conforto falou mais alto e nós fomos de carro. A hospedagem que ficamos em Novo Airão organizou os transfers, tanto de ida quanto de volta.

É também possível ir de Manaus a Novo Airão em lancha rápida (leva cerca de 3 hs), mas não havia disponibilidade nos dias em que necessitávamos e, além disso, fiquei com receio das crianças passarem mal no barco. O trajeto é subindo o Rio Negro e deve ser um espetáculo à parte.

Outra opção é ir de hidroavião, a viagem leva cerca de 50 minutos e dizem que é lindo voar sobre a floresta (ou você pode fazer um voo panorâmico pela floresta, deve ser sensacional!)
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Onde ficar em Novo Airão, no Parque Nacional de Anavilhanas

Em Novo Airão há hospedagem para todos os estilos, gostos e bolsos.

Tem hotéis boutique de selva, daqueles que vemos nas propagandas e posts de celebridades e ficamos babando. Obviamente, quando cotei, os preços eram compatíveis com o nível de casa na árvore cinco estrelas chiquérrima rusticidade zero. Resumindo, algo bem fora do nosso orçamento.

Mas, se quiser dar uma olhada, vai que você consegue uma super promoção, ou organiza as finanças para se dar o luxo de aproveitar uns dias nesses paraísos? Pois sim, ficar alguns dias hospedados nesses hotéis boutique de selva deve ser espetacular. Confira o Mirante do Gavião e o Anavilhanas Jungle Lodge e me diga se não são seu sonho de consumo!

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No centro da cidade há algumas opções de hospedagem de perfil mais econômico. A Pousada Bela Vista fica às margens do Rio Negro, bem próxima ao centro, e o Local Hostel Novo Airão parece perfeito para o viajante mais econômico. O Amazonia Park Suites fica um pouco afastada do centro, mas parece ter a melhor estrutura dentre esses e um ótimo custo-benefício.

Ficamos num AirBnb sensacional, a Casa Madadá. Por fora uma casa típica amazônica, por dentro um local lindo, decorado com excelente bom gosto, moderno, bem equipado, com todas as comodidades que você poderia esperar e um pouco mais, e uma equipe de apoio excelente e super atenciosa. E, claro, wi-fi ótima. A mesma administradora tem outras casas na cidade, como a Casa Anavilhanas (para até sete pessoas), a Casa Jaú (para duas pessoas) e a Casa Carabinani (para seis pessoas).
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Um ponto a favor das hospedagens na cidade (incluindo nosso Airbnb) é que pega sinal de celular muito bem (na época, somente da operadora Claro, as demais por roaming), nos hotéis de selva só há wi-fi.

OBS: Quando pesquisei hospedagem para essa viagem, cotei outros hotéis de selva, em localidades ainda mais remotas, realmente no meio da selva, e nesses não havia sinal de celular e o wi-fi era via rádio, funcionando apenas algumas horas por dia em algumas áreas do hotel. Recentemente, alguns estabelecimentos têm instalado acesso à internet por satélite. Se acesso à internet for essencial para você, preste bem atenção, pesquise e converse com o hotel antes de reservar.

Aproveite e pesquise a hospedagem na Amazônia brasileira, basta preencher os campos no quadro abaixo:

 

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Quando visitar a Amazônia?

O Parque Nacional de Anavilhanas está aberto o ano todo e há duas estações distintas:

  • Seca: de setembro a fevereiro, quando é possível desfrutar das deliciosas praias de areias brancas que emergem por todo o arquipélago.
  • Cheia (março a agosto, com o pico em junho-julho, época em que as praias desaparecem e o destaque fica por conta dos passeios de barco pelas florestas inundadas, os igapós, chamados de “florestas encantadas”
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Fomos para a Amazônia em janeiro, final da época de seca, muitas praias já estavam submersas, mas ainda assim pudemos aproveitar algumas – a Praia do Camaleão foi nossa preferida. Nas duas vezes que paramos por lá, éramos só nós na imensa praia, um verdadeiro paraíso.

No fim da tarde, depois de voltar dos passeios de barco, ainda dava tempo de aproveitar a praia da Orla em Novo Airão, acessível bem na frente do nosso Airbnb, próximo ao Flutuante dos Botos.

Mas e aí, rola nadar no Rio Negro? Reconheço que no primeiro momento bateu uma dúvida – será que essa água escura é limpa mesmo? Pensei: “oras, onde já se viu vir até aqui e não dar nenhum mísero mergulho no rio?”, criei coragem, mergulhei e a partir daí não parei mais. A água é deliciosa, acreditem!

No fundo, visitar a Amazônia em janeiro foi uma ótima decisão, pois aproveitamos o que há de melhor tanto da estação seca, quanto da cheia.
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Como é o clima na Amazônia em janeiro?

Na região amazônica, o clima na região é quente e úmido o ano todo, mas entre junho e novembro tende a ser um pouco menos chuvoso. Quando fomos, em janeiro, pegamos pancadas de chuvas todos os dias, mas aquela chuva rápida, que acaba tão rapidamente como começou e que em nenhum momento atrapalhou nossos passeios – e olha que pegamos chuva no barco, na praia, andando pela cidade, em casa, em todos os lugares 😉

Faz calor? Sim, muito. É úmido? Sim, muito. É pior que o Rio de Janeiro no verão? Não, longe disso 😂😂 Falando sério: prepare-se, faz calor, bastante calor, o sol é forte, mas tem uma brisa bem gostosa e as chuvas diárias contribuem para dar uma boa refrescada. Passo mais calor no Rio de Janeiro que passei por lá.
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É perrengue visitar a Amazônia?

Outra pergunta que sempre me fazem: é perrengue visitar a Amazônia?

Não é perrengue não!!! Muito longe disso, mesmo fazendo uma viagem “não-gourmetizada” como a nossa, perrengue foi a última coisa que passamos por lá! Mas vale a ressalva: depende do que cada um considera perregue, e depende também de quanto você está disposto a gastar.

Se você for de hidroavião e se hospedar num dos hotéis boutique, garanto que mesmo que você seja a pessoa mais fresconilda da galáxia, será a viagem dos seus sonhos.
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Agora, se você for um réles mortal como nós, o que posso dizer é: a viagem de carro de Manaus a Novo Airão é bem tranquila, na cidade tem hospedagem para todos os gostos, então dá para encontrar algo no nível de conforto que você quer, a comida é deliciosa, os passeios são super tranquilos e organizados, a cidade tem uma estrutura simples mas bem ok.

Ou seja, perrengue foi uma palavra que não passou em nossos pensamentos em nenhum momento durante a viagem.

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Onde comer em Novo Airão

Uma das melhores partes de viajar é apreciar a culinária local. Como estávamos numa casa super confortável e agradável, em alguns momentos optamos pelo delivery dos restaurantes locais e não nos arrependemos.

Pedimos diversas vezes no Restaurante Sabor do Sul, comida regional deliciosa! Nos esbaldamos nos principais pratos do cardápio: pirarucu, tambaqui, tucunaré, galinha caipira, etc etc. Vale muito a pena experimentar.
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Outra opção é o Restaurante Flor do Luar, que tem um flutuante sobre o Rio Negro. Não fomos mas parece ser muito legal e linda a vista.

Para um lanche mais rápido, provamos o Saloon Ajuricaba, os sanduíches estavam ótimos, mas tenho que admitir que as comidas que pedíamos para o almoço eram suficientes para o jantar também 😊

Na cidade tem uma microcervejaria, Sarapó Cervejas Amazônicas e, claro, aproveitamos para experimentar a cerveja local! Está aí algo que adoro fazer quando viajo: não só experimentar a comida local, mas a cerveja também 🍻
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Quantos dias ficar e quais passeios fazer no Parque Nacional de Anavilhanas

Os dias que passamos em Novo Airão, no Parque Nacional Anavilhanas, tiveram uma rotina bem definida: acordar, café da manhã (a funcionária da casa nos trazia diariamente pão fresco e preparava o café da manhã), passeiar de barco, voltar e almoçar, relaxar um pouco, sair para caminhar e tomar um sorvete na cidade, jantar e curtir o fim do dia na rede ou na varanda. Nada mal, certo? Pois acredite em mim quando falo que não é necessário gastar os tufos para visitar a Amazônia sem perrengue.

Tem muito coisa para ver e fazer em Novo Airão. Em qualquer época do ano é possível apreciar a rica flora e fauna amazônica, fazer passeios de barco e trilhas na selva, nadar nas águas do rio Negro, interagir com botos no Flutuante dos Botos, conhecer comunidades tradicionais ribeirinhas e o artesanato de Novo Airão e, na época da seca, curtir as praias paradisíacas nas margens do Rio Negro que eu tanto já falei.

Recomendo ficar de 2 a 4 dias em Novo Airão:

1º dia: Flutuante dos Botos e passeio pelo Parque Nacional de Anavilhanas, visita a comunidades ribeirinhas;

2º dia: Pedra do Sanduiche e trilha da Gruta do Madadá; parada numa praia (se der, vá a praia do Camaleão); a noite passeio para focagem noturna.

Nos outros dias, aproveite para fazer outros passeios pelo parque, de acordo com suas preferências: praias, trilhas, canoagem, avistamento de animais, etc. Visite também Velho Airão, as ruínas da antiga cidade.

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Flutuante dos Botos

O Flutuante dos Botos ficava bem na frente do nosso Airbnb, bastava caminhar alguns metros e descer até a margem do RIo Negro.

Os botos amazônicos são os maiores golfinhos de água doce do mundo, chegam a ter 2,5 metros e pesar 200 kg! A visita ao Flutuante dos Botos, um centro de consicentização e preservação dos animais, é essencial em qualquer visita a Novo Airão.

Acontece que alguns dos golfinhos, condicionados a ir diversas vezes por dia ao local para se alimentar, acabam ficando nos arredores o restante do tempo. Então, basta ligar os pontos: botos por ali, flutuante na frente do nosso Airbnb, praia em frente nosso Airbnb = tivemos companhia dos botos enquanto curtíamos a praia, com total exclusividade: só nós e os botos.

Mas atenção: os botos são animais selvagens e protegidos. Por mais que estejam acostumados com a presença humana, não são pets. Mantenha uma distância segura dos animais, não os toque nem os alimente.

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Passeios de barco pelo Rio Negro

Todos os passeios em Anavilhanas são feitos de barco, e você pode combinar com seu barqueiro o que você prefere: só passeio contemplativo, passeio com caminhada pela floresta para conhecer e encontrar as gigantes samaúmas, passeio de barco com trilhas floresta adentro, como a trilha para a Gruta do Madadá ou para as ruínas de Velho Airão, ou mesmo uma expedição de barco para o Parque Nacional do Jaú.

Velho Airão é a antiga vila que foi abandonada pelos moradores na década de 1950. Reza a lenda que em razão de uma praga de formigas, mas provavelmente em razão do declínio do ciclo da borracha na região.

Em qualquer desses passeios, uma das coisas mais interessantes é apreciar a vegetação, sua diversidade, as formas, os milhares tons de verde, a interação da vegetação com a água, e coma ajuda dos guias super experientes, dá para avistar diversos animais.
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Pedra do Sanduíche e Gruta do Madadá

Um dia fomos até a Pedra do Sanduiche, uma formação rochosa milenar, que realmente lembra um sanduiche de pedras, parece que foram colocadas à mão uma em cima da outra. Dali começa uma trilha lindíssima pela floresta em direção às Grutas do Madadá, que são dois conjuntos compostos por blocos de arenito de cerca de 700 milhões de anos. Eramos 4 adultos e 3 crianças (idades entre 7 e 10 anos) e levamos cerca de 1h30 para ir o mesmo tempo para voltar.

No trajeto de barco de volta, paramos na praia do Camaleão para um merecido banho.
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Praias do Rio Negro

Em um dos nossos dias em Novo Airão, passeamos de barco pelos igapós, em outro dia navegamos pelas ilhas do arquipélago e paramos nas praias do Meio, Folharal e Paraná da Onça, em outro dia navegamos por ali, nem sei exatamente por onde, mas todos os lugares, canais, ilhas e ilhotas pelas quais passamos eram deslumbrantes.

Se tivéssemos mais um dia, teríamos feito novamente um passeio de barco, pois há tantos igapós, tantas ilhas, tantos canais, cada um tão mais bonito que o anterior, que te garanto que não faltará vontade de sair mais uma vez para apreciar a natureza da região.
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Focagem notura

Fizemos também o passeio de focagem noturna, em que saímos de barco ao entardecer, navegando pelos canais do Parque Nacional de Anavilhanas quando já estava completamente escuro: era noite de lua nova, então éramos só nós e as estrelas na imensidão amazônica. Além de ouvir diversos pássaros, avistamos muitos animais: preguiça, jacaré, cobras, diversas aves, peixes pularam dentro do nosso barco, enfim, foi uma aventura!

Apesar de termos visto muitos animais, e de toda biodiversidade amazônica, o avistamento de animais nas regiões de floresta é bem mais restrito que em regiões de savana (como no Serengeti), já que a densa floresta faz com que seja mais difícil ver os animais.
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Comunidades tradicionais

Também é possível fazer passeio de barco para visitar comunidades tradicionais locais, mas em razão das medidas de restrição da época não pudemos conhecê-las.

Contato dos barqueiros

Nossos barqueiros foram o Ceará, Zezão e Euler, tudo organizado pela Silene (92 99113-2444), da associação dos barqueiros de Novo Airão. Sempre que possível, contrate seus passeios diretamente com os prestadores locais, evitando intermediários – assim você garante que seu suado dinheirinho está indo diretamente para as mãos das pessoas (simples) que vivem lá e que tornam aquele destino tão mágico e especial.

Caso prefira usar sites agregadores, no Get Your Guide e no Civitatis há diversos passeios na região (deixei alguns links ao longo deste artigo).

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Todos os nossos posts sobre viagens no Brasil, vem conferir e partiu conhecer mais do nosso país:

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