África do Sul – o que você precisa saber antes de visitar (e sugestões de roteiros)

Quer sugestão de destino espetacular, que tem atividades para todos os gostos, comida deliciosa, gente amigável, que é fácil de chegar e de se virar, e que não vai te custar um rim?

África do Sul! Estivemos há alguns anos no país e dizer que a gente gostou bastante da África do Sul é mentira. A gente simplesmente amou a África do Sul!

De todos os países que já visitei (e olha que passam de 4 dezenas), quando alguém me pede uma sugestão de destino que tenha tudo – de museus a bungee jump, de vida selvagem a vida noturna, vinícolas e praias – e que seja fácil de chegar e amigável com o bolso, a resposta tá na ponta da língua: África do Sul.

Aqui compartilho nosso roteiro e o que você precisa saber antes de visitar a África do Sul, confira!



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O que fazer na Africa do Sul

A África do Sul é um país enorme, um dos maiores do continente africano, então você terá que fazer escolhas, já que será muito difícil conhecer o país inteiro em uma única viagem de férias.

Mas mesmo com pouco tempo, se você se planejar bem dá para fazer muita coisa incrível e realizar aqueles sonhos de longa data. Tem paisagens incríveis, tem safari, praia, vinícolas, museus e muitas aventuras, para agradar todos os gostos e – o melhor – com voo direto de São Paulo e um dos melhores custos/benefícios do momento.

Eu diria que uma visita à África do Sul terá sido completa se incluir:

  • vida selvagem, em safaris nos parques nacionais, como o Kruger e o Addo
  • cultura e gastronomia, nas principais cidades do país, Johanesburg e Cidade do Cabo
  • paisagens incríveis, no Blyde River Canyon e Garden Route (Rota Panorâmica e Rota Jardim)
  • conhecer uma das melhores regiões vinícolas do mundo, Franschhoek e Stellenbosh

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Roteiro da África do Sul

Ficamos no total 20 dias na África do Sul, aqui está nosso roteiro resumido – clique nos links para saber mais sobre cada destino específico:

4 dias em Pretoria

Com uma viagem de bate-e-volta para Johannesburg – confira no relato completo da viagem de 20 dias à África do Sul porque ficamos tanto tempo assim em Pretória e se recomendo você fazer o mesmo.

2 dias em Graskop

visitando o Blyde River Canyon, Lowveld View, Three Rondavels e Bourke’s Luck Potholes e Pilgrim’s Rest.

Onde se hospedar em Graskop? Ficamos no Graskop Hotel, bem no centrinho da cidade, com ótima localização, quarto quádruplo excelente e uma piscina que as crianças amaram.

2 dias no Kruger National Park

Sem dúvida um dos pontos altos da viagem! Ficamos hospedados dentro do Kruger e recomendo que você faça o mesmo: é fácil e não custa um rim.

Mas se preferir ficar num hotel fora do parque, há diversas opções para todos os gostos e bolsos. A cidade de Hazyview é muito utilizada como base para explorar o parque.

Confira opções e disponibilidade aqui:

 

5 dias em Cape Town (Cidade do Cabo)

Uma das cidades mais cosmopolistas e lindas da África, com muita atividade para fazer. Ficamos hospedados num apartamento excelente, localizado na região do Victoria and Alfred Waterfront – durante o dia íamos a pé até lá, mas a noite por precaução voltávamos de uber/taxi.

2 dias em Franschhoek, a região vinícola da África do Sul

Que não deixa nada a desejar a nenhuma outra equivalente do mundo: vinhos deliciosos, vinícolas charmosíssimas, visual incrível, clima agradável e muitas atividades para todas as faixas etárias.

Nos hospedamos no Le Franschhoek Hotel & Spa, que tinha um ótimo quarto família e uma piscina deliciosa, que fizemos questão de aproveitar no fim da tarde.

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Camps Bay Beach, Cidade do Cabo, África do Sul

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2 dias em Knysna, na Garden Route

Com diversos pontos de parada em mirantes, praias e parques. Há muitas opções para hospedagem em Knysna, recomendam ficar na “ilha” (Thesen Island), porém a gente acabou optando por uma casa com mais espaço, com uma linda vista da lagoa, que infelizmente não se encontra mais nas plataformas de aluguel.

1 dia em Storms River, no Tsitsikama National Park

Um dos principais parques nacionais da Garden Route e parada obrigatória em qualquer visita pela região.

A hospedagem escolhida foi o simpático Tsisikama Village Inn, no centro do vilarejo e com uma varanda excelente para desfrutar um vinho depois que que as crianças dormem.

2 dias no Addo Elephant National Park

Onde fizemos os últimos safaris da viagem. Nos hospedamos no acampamento dentro do parque, mas por se tratar de um parque com área menor que o Kruger, mesmo ficando em hotéis fora do parque é possível visitá-lo durante o dia sem pressa. É possível visitar o parque hospedando-se em Porth Elizabeth, cerca de 40 km separam o centro da cidade da entrada sul do parque.

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Sugestões para adaptções ao roteiro

Se tívessemos menos tempo

– Ficamos 4 dias em Pretoria com amigos. Se não tivessemos esses amigos lá, teríamos excluído Pretoria do roteiro e ficado apenas 1 ou 2 dias em Johannesburg.

– A região de Graskop é bem legal, e é um ótimo ponto de parada no caminho entre Johannesburg e Kruger, mas se você tiver pouco tempo, pode pular essa parte.

– Se seu tempo estiver bem limitado mesmo, dá para deixar de lado a Garden Route (Knysna e Storms River) e o Addo Elephant Park.

Se tivessemos mais tempo

– Incluiria um dia a mais para explorar outras áreas do Tsitsikama National Park, aproveitando outras atividades na região, como trekking, stand-up, caiaque, bike, etc. Se você não curtir isso, um dia a mais nas vinícolas seria uma ótima idéia.

– Se eu tivesse uns 3 a 4 dias a mais, um seria no Tsitsikama e os outros no Kruger: o parque é muito grande, há diversos “acampamentos” (confira o post sobre como visitar o Kruger que você vai ver que esses acampamentos são absurdamente legais e bem estruturados), então eu aproveitaria para conhecer outras áreas do parque e me hospedar em outros acampamentos

– Com uma semana a mais, faria tudo que já mencionei, e também exploraria com mais detalhe a região entre Franschhoek e Knysna (Cape Agulhas, Mossel Bay, etc). Ou então aproveitaria esse tempo extra para ir a Lesotho, um país montanhoso encrustrado no território sul-africano, que promete paisagens incríveis.

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O que você precisa saber antes de visitar a África do Sul?

Como chegar na Áfria do Sul?

Antes da pandemia, a LATAM e a SouthAfrican tinham voos de São Paulo direto para Johanesburgo. Esses voos foram suspensos em 2020, mas já retomados!

Há voos direitos de São Paulo para Johanesburgo pela TAM, e para Cape Town (Cidade do Cabo) pela South African. Neste post falo sobre planejamento de viagens e tem uma seção completa com dicas para pesquisar os melhores voos e tarifas no Google Flights. Pesquise ao planejar sua viagem, pois rotas são implantadas e suspensas o tempo todo.

Voamos, de São Paulo à Luanda, Angola pela TAAG, e de lá para Johannesburg. Confesso que está bem longe de ser a melhor companhia aérea que já voei. Aviões bem antigos, nível hard mesmo, mas os 4 voos que fizemos com essa companhia correram bem – afinal chegamos vivos ao destino – e o preço correspondeu à qualidade da frota -ou seja, foi bem barato. Se voaria de novo com eles? Não sei, não gosto de cuspir para cima, mas tendo a opção eu não voaria novamente de TAAG.

Outras alternativas para ir do Brasil à África do Sul são a Ethiopian (com escala em Addis Ababa), e as companhias com hubs na Europa e Oriente Médio, mas neste caso os voos são bem mais longos e provavelmente mais caros.

Opções de voos para visitar a África do Sul não faltam, é tudo uma questão de pesquisar o que melhor se encaixa no seu orçamento e disponibilidade.

Como se locomover dentro da África do Sul?

Alugamos um carro no último dia que estávamos em Pretoria e o devolvemos no Aeroporto de Nelspruit (o mais próximo da entrada Crocodile Bridge do Parque Nacional Kruger).

De Nelspruit pegamos um voo direto pela South African até Cape Town (numa aeronave Embraer 190, fabricada na minha cidade natal, São José dos Campos). No aeroporto da Cidade do Cabo pegamos outro carro alugado, que devolvemos ao final da viagem no Aeroporto de Port Elizabeth.

Ou seja, alugamos dois carros na viagem: um para a primeira parte do roteiro, no nordeste do país (trecho Johanesburg-Kruger) e outro no sul do país (trecho Cidade do Cabo – Porto Elizabeth)

De Port Elizabeth pegamos um voo Johannesburg, pela British Airways, e de lá seguimos em mais uma saga pela TAAG de volta a São Paulo, com dois voos tenebrosos, aeronaves velhas caindo aos pedaços, mas chegamos vivos.

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Vale a pena alugar carro na África do Sul?

Sim, vale muito a pena alugar carro na África do Sul.

Exceto pelos dias em que você passar em Cape Town e Johannesburgo (cidades em que dá para se virar com base em transporte público, uber ou taxi) não vejo possibilidade de visitar a África do Sul sem carro alugado

Se você não tiver restrição de tempo, aí sim dá para ir num ritmo mais lento, se valendo de transporte público e transfers. Agora se você, como nós, tem dias contados de férias e quer aproveitá-los ao máximo, vale muito a pena alugar um carro – especialmente se são mais de 2 pessoas. Faça os cálculos e avalie.

Outra opção é usar as grandes cidades como base e fazer os passeios com base em day-tours, indo de uma a outra cidade de ônibus ou avião. Há diversas opções de day-trips a partir de Johannesburg ou Cape Town, dê uma olhada no quadro abaixo e veja se funciona para sua situação:

O trânsito na África do Sul segue a mão-inglesa, dirigindo pela esquerda, ou seja, ao contrário do que é no Brasil. Um desafio extra para os motoristas (no caso, meu marido!), mas é fácil se acostumar, não se preocupe. Dirija devagar e com atenção redobrada nos primeiros dias que em pouco tempo você estará acostumado e tirando tudo de letra.

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É caro viajar na África do Sul?

A moeda sul-africana é o Rand, cuja cotação (em agosto/2024) era US$1,00 = $18,20 Rands; ou R$1,00 = $3,22 Rands.

No geral, nossa impressão foi que o custo de viajar no país é um pouco inferior ao custo de viajar no Brasil.

Cidades como Johanesburgo e Cape Town acabam tendo custo mais caro com hospedagem e restaurantes, mas mesmo nelas é possível encontrar opções com preços razoáveis, muitas vezes comemos por valores bem menores do que costumamos ver em praias do Nordeste brasileiro.

Levamos dólares em moeda, que trocamos por Rands em um banco, mas a maior parte dos gastos fizemos com cartão de débito pré-pago – tipo Wise, C6, BS2Go, etc – que são amplamente aceitos. Dinheiro mesmo usamos somente para despesas pequenas, street food e uma ou outra atração que não aceitava cartão.

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É seguro viajar pela África do Sul?

Achamos o país bastante seguro para turismo, não tivemos nenhum problema de nenhum tipo. É importante, claro, tomar todas as precauções que você toma no Brasil e em qualquer outro lugar do mundo e não se aventurar por lugares ermos a noite.

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Dá para visitar a África do Sul com crianças?

Sim, claro, dá para ir com criança de boa!

A África do Sul é um destino perfeito para famílias!

Nossas filhas tinham 7 e 8 anos quando fomos e aproveitaram todo e cada momento da viagem! Há atividades no país para crianças de todas as idades.

Imagina a felicidade do seu filho ou sua filha ao ver os animais, em vida livre, ali a poucos metros de distância! Não sei quem ficou mais feliz, se foram as minhas filhas ou eu, ao ver a emoção delas.

Nos parques nacionais adminsitrados pela SanParks (o órgão oficial do governo sul-africano), a idade mínima para fazer os game drives oficiais do parque é 6 anos; mas é possível visitar os parques com seu carro particular e aí não há limite de idade. Ou seja, você pode entrar nos parques, como o Kruger e o Addo, com crianças de qualquer idade dentro do seu carro e passear com elas por todas as estradas internas do parque e você vai ver MUITOS animais. Muitos mesmo. Nas hospedagens dentro dos parques não há limite de idade, vimos várias famílias com bebês e crianças pequenas nos “acampamentos” em que nos hospedamos.

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Para saber mais sobre nosso roteiro na África do Sul

Aqui você encontra o relato detalhado de nossa viagem de 20 dias à África do Sul e aqui abaixo está o mapa do Google Maps com nosso roteiro detalhado, para te ajudar a planejar sua próxima viagem à África do Sul.

No mapa você pode ver detalhes de tudo o que fizemos, onde ficamos e os melhores lugares que fomos. Existem diferentes camadas, com cores diferentes, uma para cada área que visitamos. Se tiver dúvidas, aqui explico como usar o Google MyMaps para planejar uma viagem.


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