Roteiro de 20 dias na África do Sul

Elefante atravessando estrada no Parque Kruger, África do Sul, em meio a mata da savana ao por do sol com poucas nuvens

Se há uma viagem que ficará em nossa memória para sempre, naquele top 3 das melhores da vida, é a da África do Sul. Ficamos 20 dias por lá, e esse roteiro é um dos que mais me orgulho, de tão completa e especial que foi essa viagem.

Dizer que gostamos muito do país é pouco. Nós absolutamente amamos a África do Sul. Dos mais de 50 países que visitei, sempre que alguém me pede uma sugestão de destino que tem de tudo – de museus a bungee jumping, de vida selvagem a vida noturna, vinícolas e praias – e que não vai quebrar sua conta bancária, a resposta é a África do Sul.
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Se estiver em busca de outros destinos para safari, confira nosso roteiro no Quênia e Tanzânia!



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Principais atividades num roteiro à África do Sul

Basta uma rápida olhada no mapa para perceber que a África do Sul é um país enorme, um dos maiores do continente africano, então não tem segredo: se seu tempo – e dinheiro – é limitado, você terá que fazer escolhas, pois é quase impossível conhecer o país inteiro em uma única viagem de férias.

Nosso roteiro focou em (1) safaris (também chamados “game-drives”): acredito que essa seja uma prioridade para quase todo mundo que vai à África subsaariana, não é mesmo?; (2) Cidade do Cabo: sem dúvida uma das cidades mais belas do continente; (3) vinícolas; e (4) natureza e praias.

Neste post resumi tudo que você precisa saber antes de visitar a África do Sul, dá uma olhada.

E se estiver procurando outras opções para safari, veja o nosso roteiro pelo Quênia e Tanzânia, em que fizemos safari no Serengeti.

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Visão geral do nosso roteiro na África do Sul

Ficamos no total 20 dias na África do Sul, aqui está nosso roteiro resumido:

(clique nos links para saber onde nos hospedamos e os passeios que fizemos)

Dias 1️⃣ a 3️⃣ (3 noites) em Pretoria, onde visitamos amigos e fizemos um bate-e-volta para Johannesburg para visitar o Museu do Apartheid.

Dias 4️⃣ e 5️⃣ (duas noites) em Graskop, visitando a Rota Panorâmica: Blyde River Canyon, Lowveld View, Three Rondavels e Bourke’s Luck Potholes e Pilgrim’s Rest. Ficamos no Graskop Hotel, bem no centrinho da cidade, com ótima localização, quarto quádruplo excelente e uma piscina que as crianças amaram.
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Dias 6️⃣e 7️⃣ (duas noites) no Parque Nacional Kruger, sem dúvida um dos pontos altos da viagem! Ficamos hospedados dentro do Kruger e recomendo que você faça o mesmo: é fácil e não custa um rim. Tem um post aqui no blog onde xplico tudo que você precisa saber para fazer um safari no Parque Kruger, confira!


Dias 8️⃣ a 1️⃣3️⃣ (5 noites) na Cidade do Cabo (Cape Town). Ficamos hospedados num apartamento excelente, localizado na região do Victoria and Alfred Waterfront – durante o dia íamos a pé até lá, mas a noite por precaução voltávamos de uber/taxi. Aqui no blog tem um post específico com nossas sugestões do que fazer na Cidade do Cabo, confira!

Dias 1️⃣4️⃣ e 1️⃣5️⃣ (duas noites) em Franschhoek, a região vinícola da África do Sul. Nos hospedamos no Le Franschhoek Hotel & Spa, que tinha um ótimo quarto família e uma piscina deliciosa, que fizemos questão de aproveitar no fim da tarde.
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Dias 1️⃣6️⃣ e 1️⃣7️⃣ (duas noites) em Knysna, na Garden Route. Há muitas opções para hospedagem em Knysna, recomendam ficar na “ilha” (Thesen Island), porém optamos por uma casa com mais espaço, com uma linda vista da lagoa.

Dia 1️⃣8️⃣ (uma noite) em Storms River, no Tsitsikama National Park. Um dos principais parques nacionais da Garden Route e parada obrigatória em qualquer visita pela região. A hospedagem escolhida foi o simpático Tsisikama Village Inn, no centro do vilarejo e com uma varanda excelente para desfrutar um vinho depois que que as crianças dormem.
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Dias 1️⃣9️⃣ e 2️⃣0️⃣ (duas noites) no Addo Elephant National Park, onde fizemos os últimos safaris da viagem. Nos hospedamos no acampamento dentro do parque, mas por se tratar de um parque com área menor que o Kruger, mesmo ficando em hotéis fora do parque é possível visitá-lo durante o dia sem pressa. Outra opção é se hospedar em Porth Elizabeth e pegar um tour bate-e-volta dali até o Parque Addo.
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O que fazer na África do Sul

Pretoria

Nossa viagem pela África do Sul começou visitando amigos queridos que moram em Pretória, onde passamos o Réveillon e aproveitamos uns dias deliciosos por lá.

Pretoria, uma das três capitais oficiais da África do Sul, não é exatamente famosa por ser um destino turístico, mas nossos anfitriões nos trataram tão bem, mas tão bem, e nos mostraram tanta coisa legal por lá, sem contar os novos amigos que conhecemos, que posso dizer que foi o início perfeito de uma viagem que se superou todas as expectativas.

Se precisar de transfer em Johannesburg, é só clicar nesse link.

Em Pretoria, aproveitamos os dias para fazer um city-tour pela cidade e conhecer:
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  • Pretoria Zoo – o maior zoológico da África do Sul e ranqueado como um dos melhores do mundo. Fizemos um pic-nic nos jardins e sentimos o gostinho do que, dali a alguns dias, veríamos na natureza.
  • Moroleta Park – um parque/reserva natural bem próximo da aérea em que estávamos hospedados; as meninas adoraram o primeiro contato com animais de vida livre, como as zebras e avestruzes.
  • Apartheid Museum, em Johanesburg (50 min. de Pretoria). A África do Sul viveu por mais de 40 anos sob as regras do apartheid. Conhecer esse período e aprender sobre a jornada do povo sul-africano para sua superação é essencial não só para compreender a história do país, mas para entendermos e lidarmos com os desafios do mundo em que vivemos e que, cada vez mais, podemos e devemos atuar para criar uma sociedade mais justa e igualitária.
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Rota Panorâmica: Graskop & Blyde River Canyon

A Rota Panorâmica é uma região no noroeste da África do Sul, entre Johannesburg e o Parque Kruger (província de Mpumalanga), cortada pelo imponente Blyde River Canyon, que conta com diversas atrações e mirantes lindíssimos.
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Blyde River Canyon

O Blyde River Canyon se estende por cerca de 26km (ou 50km, o tamanho varia conforme a fonte da informação) e segundo o site oficial, é o terceiro maior cânion do planeta. Se por um lado não tem a grandiosidade do Grand Canyon, por outro lado a vegetação vibrante o deixa muito mais agradável e amigável que o correspondente das Américas.
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FIzemos a viagem com carro alugado – como explico neste post, mas se você preferir, é possível visitar a Rota Panorâmica com um tour saindo de Hazyview ou de Hoedspruit, cidades que são também ótimas base para visitar o Parque Kruger com day-tours como esse de Hazyview ou este de Hoedspruit.

Recomendo que vá até o mirante do Three Rondavels, o mirante mais famoso da região, o visual é lindíssimo. O acesso é super fácil, dá para ir de carro até um estacionamento e dali seguir por uma trilha tranquilíssima de poucos metros. Outro mirante com ótimas oportunidades para fotos é o Lowveld View, bem próximo do Three Rondavels. Há diversas diversas trilhas na região, e é possível inclusive fazer rafting.
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Bourke’s Luck Potholes

Outro ponto lindo e bem interessante na Rota Parnorâmica é Bourke’s Luck Potholes, uma série de cachoeiras em um trecho bem estreito do canyon. Aqui é necessário pagar entrada, e no dia que fomos estava bem cheio. Tem estrutura com lanchonete e lojinhas de souvenirs.

Um dos highlights desse dia foi o restaurante em que almoçamos, Potluck Boskombuis. O restaurante fica perfeitamente localizado a beira do rio (que adiante forma o Bourke’s Luck Potholes), com uma atmosfera rústica porém super agradável. O restaurante não tem eletricidade, os pratos são grelhados a fogo (mas as bebidas chegaram geladas!), e bem saborosos. Infelizmente, na época em que escrevo este post, o GoogleMaps indica que o restaurante está temporariamente fechado, mas vale a pena conferir, vai que reabre…
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Pilgrim’s Rest

Outro lugarejo na Rota Panorâmica que vale visita é Pilgrim’s Rest, uma vila histórica da época da corrida do outro sul-africana, iniciada em 1873, que tem as construções preservadas tais quais em sua época auge, como a casa dos correios e do banco.

Há alguns cafés, restaurantes e lojinhas, o que o torna um lugar bem agradável para dar uma volta e conhecer um pouco da história do país. Não há opções de acomodação na vila, mas ali perto há o Mount Sheba Rainforest Hotel & Resort, que parece lindíssimo e pode servir como base para explorar a região.

De Johannesburg a Graskop são cerca de 400 km (de Pretoria a distância é um pouco menor). Alugamos um carro em Pretoria e o usamos em todo esse trecho da viagem, devolvemos no aeroporto de Nelspruit (o mais próximo ao Parque Kruger). Para saber mais sobre como é dirigir na África do Sul, confira esse post com tudo que você precisa saber antes de visitar a África do Sul.
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Onde se hospedar na Rota Panorâmica

O melhor ponto para se hospedar para curtir a região da Rota Panorâmica é a cidade de Graskop. Ficamos no Graskop Hotel, que tinha uma ótima piscina e quartos duplos perfeitos para quatro pessoas.

Outra opção que nos pareceu interessante foi o Westlodge B&B, uma pousada bastante agradável em uma casa histórica vitoriana lindíssima. Vale conferir. Optamos pelo Graskop Hotel por causa da piscina, mas se isso não for um fator determinante para você, o Westlodge parece valer muito a pena.

Próximo a Pilgrim’s Rest tem o já recomendado Mount Sheba Rainforest Hotel & Resort.
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Agora se você preferir uma localidade que te viabilize fazer a Rota Panorâmica e os safaris no Parque Kruger sem precisar ficar pulando de hotel em hotel, a melhor base seria a cidade de Hazyview, com opções para todos os orçamentos.

O Perry’s Bridge Hollow Boutique Hotel é uma excelente opção, assim como o Dreamfields Guesthouse; para uma viagem mais econômica, o Tembo Guest House parece suprir com conforto todas as necessidades dos viajantes, assim como o Woodlands Guest House. Agora se a ideia é “só se vive uma vez”, minha pedida seria o sensacional Mdluli Safari Lodge, já dentro do parque, logo depois da Numbi Gate.
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Kruger National Park

Se eu pudesse escolher uma parte dessa viagem como a melhor, os dias que passamos no Parque Kruger seriam um forte concorrente. Ficamos três dias no parque, mas poderíamos ter ficado muito mais. Ver os animais na natureza, livres, foi uma experiência inesquecível.

O parque é cortado por diversas estradas pavimentadas; você pode entrar (após pagar o ingresso) com seu carro particular e transitar livremente pelas vias asfaltadas. Tem um post aqui no blog em que explico em detalhes tudo que você precisa saber para fazer um safari no Kruger Park: como funcionam os safaris dentro do parque, qual a idade mínima para participar, onde se hospedar, onde comer e muito mais, confira!

Caso você prefira contratar passeios guiados, há diversas opções partindo de Johannesburg ou de Hazyview.
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Onde se hospedar no Kruger Park

Há diversos “acampamentos” dentro do parque. Apesar do nome, tem estrutura de pousada/hotel e são excelentes; pesquise no site do SANPARKS pois a estrutura varia entre um e outro. Ficamos nesses acampamentos, o Skukuza e o Lower Sabie, tem tudo explicadinho neste post sobre como fazer um safari no Parque Nacional Kruger, confira!
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Hospedagens privadas próximas ao Paque Kruger

Além dos acampamentos próprios do parque, há alguns hotéis privados dentro do Kruger, que são aquele sonho de consumo. Se seu orçamento permitir, recomendo muito, Dê uma olhada no Umkumbe Safari Lodge Riverside, no Lion Sands River Lodge e no Rhino Post Safari Lodge, sem falar no sensacional Kruger Shalati – Train on The Bridge & Garden Suites – tenho certeza que seus dias lá ficarão para sempre na sua memória!

Fora dos limites do parque, mas perto o suficiente para fazer os safaris, a cidade de Hazyview é a principal base para hospedagem, tem diversas opções de hosdagem para diversos níveis de orçamento. Eu gostei muito do Kruger Gate Hotel e do lindíssimo Midluli Safari Lodge, mas optamos pela hospedagem dentro do parque pelo custo-benefício.

E como já mencionei, se você não quiser dirigir por conta própria, há a opção de pegar pacotes completos partindo de Johannesburg ou de Hazyview.
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Quer explorar outros safaris pela África? Que tal a Tanzânia, já fomos e aprovamos, confira aqui!

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Como chegar e sair do Kruger Park

Estávamos em Graskop e fomos de carro até o Kruger Park, entramos no parque pela Phabeni Gate e, no terceiro dia, saímos por Crocodile Bridge Gate.

De lá fomos de carro até o aeroporto de Nelspruit (chamado Kruger Mpumalanga), que fica a 140km de distância da Crocodile Brige Gate, num percurso estimado em 2h15. Mas atenção: saia com bastante antecedência, pois quando estávamos indo ao aeroporto, ainda dentro dos limites do Parque, havia um elefante parado na estrada, calmamente se alimentando. Tivemos que parar e agardar. Levou quase meia hora para que ele decidisse ir a outro local… Deu tempo de chegar ao aeroporto, mas foi por pouco!
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Cidade do Cabo

A Cidade do Cabo é daquelas que merece uma viagem inteira, só para explorá-la com a devida propriedade. É aquele tipo de local que você pode voltar quantas vezes for, que será sempre espetacular. Ficamos quatro dias inteiros na Cidade do Cabo e nossa programação e dicas estão neste post, confira!

Onde ficar na Cidade do Cabo

Ficamos em um ótimo apartmento na região do Waterfront, com uma sacada e vista maravilhosa para a Table Mountain, que ficava ainda melhor com os por-do-sol sensacionais. Mas atenção pois no mesmo anúncio há diferentes apartamentos, alguns com um quarto e outros com dois, na dúvida entre em contato com a acomodação para escolher o melhor para você.

Nessa mesma região, outra ótima opção é o Dockside 1106, que conta com dois quartos, e para quem prefere hotéis o Southern Sun Waterfront Cape ou o One Thibault Hotel.

Camps Bay pode ser uma área boa para se hospedar, principalmente se você quiser curtir uma vibe mais praiana. Há diversas opções, desde hotéis sensacionais como o South Beach Camps Bay Boutique Hotel e o The Bay Hotel, e opções mais econômicas como o Vetho Villa, o Balfour Place Guesthouse e o Royal Boutique Hotel.
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Roteiro de quatro dias em na Cidade do Cabo

Na realidade, ficamos 5 dias na Cidade do Cabo, mas o primeiro foi o dia da chegada, então não tivemos grandes atividades. Nos quatro dias restantes, dividimos as atividades conforme a região da cidade. Conto tudo em detalhes neste post: o que fazer na Cidade do Cabo – Roteiro de 4 dias.

O resumão da programação está aqui – mas confira o post específico pois lá tem MUITO mais detalhes:

Dia 1: Table Mountain e Bo-Kaap
Dia 2: Cabo da Boa Esperança e Boulders Beach
Dia 3: Kirstenbosch National Botanical Garden e Camps Bay Beach
Dia 4: Two Oceans Aquarium e Robben Island
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Franschhoeck – região vinícola da África do Sul

A maravilhosa região das vinícolas da África do Sul, que abrange Stellenbosh, Paarl e Franschhoek. Ficamos dois dias por lá, para simplesmente relaxar e curtir as visitas às vinícolas.

E, sim, é um passeio que pode ser feito tranquilamente com crianças, de qualquer idade. As vinícolas são lindas e estão muito bem preparadas para o turismo, algumas contam com playground e área para pic-nic e, se não todas, a grande maioria, têm ótimos restaurantes.

No primeiro dia, visitamos Babylonstoren, uma das vinícolas mais icônicas da região, que conta com jardins belíssimos, com alguns “labirintos”, uma horta maravilhosa e dois restaurantes.
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Drakenstein Lion Park

Depois de almoçar na Babylostoren, fomos ao Drakenstein Lion Park, que é um santuário para leões resgatados de situações de abuso, negligência e maus tratos.

Fizemos a visita com um guia excelente, que nos contou a história do santuário e dos leões e leoas (e uma tigresa) que vivem ali (nem preciso dizer que são de cortar o coração).

Aqui o link para o site oficial, que com muita propriedade alerta que há diversos locais que se auto-denominam “santuários”, mas que na realidade estão muito distante disse. Então, muita atenção ao escolher o local que você irá visitar: os verdadeiros santuários de leões não fazem reprodução em cativeiro, não permitem contato direto com os animais, como acariciar ou pegar no colo, e fornecem cuidados vitalícios aos animais residentes.
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Passeios de bike e trem em Franschhoek

No dia seguinte, fizemos o que talvez tenha sido o passeio que as meninas mais gostaram: tour de bike pelas vinícolas. Fomos com bicicletas tradicionais com a Bikes’n’Wines, mas há opção de fazer com e-bikes.

Fizemos um passeio de dia inteiro, a princípio seria em grupo, mas como só tínhamos nós 4, ficamos com o passeio privativo. Eles forneceram as bikes, para adultos e crianças e capacetes, e fomos, no ritmo das crianças (que acabou não sendo tão lento como imaginávamos) em três vinícolas. Uma melhor que a outra: Mont Rochelle (que conta com um hotel sensacional), Leeu Estates (nesta havia uma galeria de arte, um jardim de esculturas e um hotel maravilhoso) e Rickety Bridge (também com seu próprio hotel).
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Em cada vinícola, os adultos faziam a degustação dos vinhos (3 tipos em cada uma) e, para as crianças, na primeira teve degustação de sucos, na segunda um suco e alguns doces, e na última sorvete. Nem preciso dizer que elas amaram!

Outro passeio legal é conhecer as vinícolas de trem, com o Franschhoek Wine Tram, que funciona no esquema hop-on-hop-off, você pode parar nas vinícolas conforme sua preferência. Mas atenção pois o ingresso nas vinícolas e degustação têm que ser pago à parte, variando de acordo com a vinícola que você escolher. Não seria nada mal ter ficado um dia a mais por lá e fazer esse passeio, mas escolhas tem que ser feitas, e não custa nada ter este como justificativa para voltarmos 😉
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Onde ficar em Franschhoek

Ficamos no Le Franschhoek Hotel & Spa, que tinha um ótimo quarto família e uma piscina deliciosa, que fizemos questão de aproveitar nos dois dias no fim da tarde.

Uma ótima escolha é ficar nos hotéis das próprias vinícolas. Todas as vinícolas que visitamos no passeio de bike têm seu próprio hotel, um mais espetacular que o anterior, confira: Mont Rochelle, Leeu Estates e Rickety Bridge.

Opções mais econômicas são o Chamonix e o theLAB Franschhoek.

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Garden Route: Knysna

De Franschhoek dirigimos até Knysna, no trecho que foi o mais longo da viagem (450km). Paramos para almoçar na região de Mossel Bay, num restaurante de frente para o mar (não anotei o nome).

Knysna é parte da região conhecida como “Garden Route” (Rota Jardim, em português), um percurso cênico de aproximadamente 300km ao longo da costa sul da África do Sul, entre Mossel Bay e Storms River, com diversos atrativos ao longo do caminho.

Chegamos no meio da tarde em Knysna e aproveitamos para conhecer a cidade, que fica a beira de uma lagoa (na realidade, uma bahia com uma pequena abertura para o oceano). Fizemos uma trilha curta e bem fácil até mirante conhecido como “the Heads”, que fica na no estreito que conecta a lagoa ao oceano. Vale a pena, a trilha é bem rápida e a vista é linda.

Robberg Nature Reserve

No dia seguinte, fomos a Robberg Nature Reserve, uma das principais atrações da Garden Route. É uma reserva natural que abrange toda uma península, com trechos de vegetação, dunas e praias lindíssimas.

Há duas principais trilhas na Robberg Nature Reserve, ambas circundam a península. A mais curta vai até a metade e “corta caminho” por uma duna gigante e retorna ao ponto de início, com alguns trajetos ao longo da praia. Já a trilha completa circunda toda a península e tem alguns trechos de caminhada nas rochas. Fizemos a trilha curta, levou no total pouco mais de 5 horas, com um bom tempo de parada para curtir a praia.

Apesar de alguma reclamação por parte das crianças (como sempre!), a trilha foi bem tranquila. Fizemos o percurso no sentido horário, de forma que as paradas para praia ficaram ao na segunda metade do passeio. Recomendo muito, as praias são excelentes, um visual lindo e em uma parte ótima para banho.

Depois do passeio, fomos tomar um café e sorvete no centrinho de Knysna, que fica em uma ilha na lagoa. É uma área pequena mas bem agradável para dar um volta, tem alguns restaurantes que parecem bem gostosos, mas optamos por jantar no apartamento em que nos hospedamos.
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Monkeyland

No dia seguinte, fomos a Monkeyland, um santuário para macacos e lêmures resgatados de situações de maus tratos e abuso.

O passeio é guiado e bem interessante, mas se preparem pois é em uma floresta bem fechada e com mosquitos – por sinal, foi o único lugar da viagem que havia mosquitos. Não recuse o repelente que o guia oferece no início do passeio; mesmo o tendo usado ainda saímos de lá com algumas picadas.

Ao lado da Monkeyland há o Birds of Eden, uma enorme área com pássaros voando livres, porém não chegamos a visitar.
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Onde ficar em Knysna

A cidade mais próxima da Robberg Nature Reserve e do Monkeyland é Plettenberg Bay, mas optamos por nos hospedar em Knysna, que me pareceu um lugar mais agradável.

A região mais recomendada de Knysna é a Thesen Island, a ilha da lagoa, onde fomos tomar café e sorvete e realmente pareceu uma ótima escolha. A maior parte das acomodações disponíveis em Thesen Island são casas e apartamentos, mas há alguns hotéis, como o The Lofts Boutique Hotel e o Turbine Hotel & Spa. Nós optamos por uma casa com mais espaço, fora da ilha, mas com uma linda vista da lagoa.
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Garden Route: Storms River

Saindo do Monkeyland, seguimos para Storms River, uma vila bem na entrada do Tsitsikama National Park, um dos parques mais famosos da Garden Route e que recomendo fortemente a visita.

É um parque natural belíssimo, as margens do Oceano Índico. Por indicação de uma amiga, fizemos um passeio de caiaque com a Untouched Adventures que foi um dos highlighst da viagem.

Começamos, remando pelo mar, e entramos pelo Rio Storms, passando por baixo da famosa ponte suspensa do parque, e seguimos remando pelo cânion ormado por esse rio. Em um certo momento, não há mais como prosseguir com os caiaques, então deixamos eles ali e passamos para uma espécie de bóia/prancha, seguindo rio acima, até um ponto em que realmente não há mais como passar. Na volta, a correnteza ajuda, e as vistas são ainda mais maravilhosas. Imperdível!

Um dia a mais por aqui, de preferências nos alojamentos dentro do parque Tsitsikama, teria sido ideal para aproveitar melhor a região.
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Onde ficar em Storms River

Em Storms River ficamos em um hotel bem tranquilo e simpático, Tsitsikama Village Inn, que tinha um gramado que as crianças adoraram e uma varanda excelente para desfrutar um vinho depois delas dormirem. Recomendo muito.

O vilarejo de Storms River é bem pequeno, mas há algumas outras opções como The Village Lodge e o Storms River Guest Lodge. Há algumas opções mais próximas ao parque, como o glamping The Forest Dome Tsitsikamma e o The Hive at Misty Mountain Reserve.
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Addo Elephant National Park

A última parada de nosso roteirod e vinte dias pela África do Sul foi no Addo Elephant Park, outro parque nacional sul-africano excelente para safaris.

O Addo Elephant Park fica a cerca de 200km de Storms River, e partimos para lá ao final do passeio de caiaque. Foi uma viagem com uma boa pitada de emoção, pois nossa acomodação era dentro do Parque Addo e a entrada fechava as 17hs; o passeio de caiaque terminou quase uma hora da tarde, fizemos uma parada rápida para almoçar e chegamos no parque um pouco antes das cinco da tarde. Ufa!

Assim como no Parque Kruger, ficamos hospedados dentro do Parque Addo, nas acomodações do parque reservadas pelo site oficial Sanparks.org.

Apesar de ser um parque bem menor que o Kruger, vimos muitos animais no Addo: avestruzes, leões, zebras, kudu, búfalos, javalis, antílopes, tartarugas, besouro rolador de cocô, garças, águia, cegonha, e, como era de se esperar, elefantes, muitos elefantes. Alguns animais só vimos no Addo, ou vimos lá com muito mais facilidade do que no Kruger, outros só vimos no Kruger, mas a maioria é possível avistar em ambos.

Fizemos safari por conta própria, em nosso carro, durante o dia, e ao fim da tarde, no por-do-sol, fizemos o passeio guiado oferecido pelo parque.
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Onde se hospedar no Addo National Park

Ficamos no Addo Main Rest Camp, numa ótima cabana para 4 pessoas. As reservas podem ser feitas pelo site oficial da administração de parques da África do Sul, o SANPARKS. Dê uma olhada neste post sobre como visitar o Kruger Park, a sistemática é a mesma para visitar o Addo.

No Parque Addo há apenas um acampamento, que é bem menor que os acampamentos em que ficamos no Kruger. Mesmo pequeno, achei a estrutura excelente, há um pequeno e ótimo museu sobre a história do parque, restaurante e lojinha de conveniência.

Se você preferir, há diversas opções de hospedagem ao redor do parque, ou mesmo em Port Elizabeth, que é a cidade mais próxima e dá tranquilamente para visitar o parque num bate-e-volta em tours de um dia, há diversas opções para visitar o Parque Addo.
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Últimos momentos do nosso roteiro de 20 dias pela África do Sul

Para fechar a viagem com chave de ouro, era lua nova e o céu estava absurdamente limpo, com uma vista sensacional das estrelas. Sem sombra de dúvidas, está nos top 3 lugares em que vi o céu noturno mais lindo da minha vida; os outros dois foram o hotel dentro do Parque Tikal, na Guatemala (clique aqui para ver nosso roteiro na Guatemala), e um vilarejo perdido no interior da Bolívia, no meio do caminho entre San Pedro do Atacama e o Salar de Uyuni – nem preciso dizer que nesses três locais, a energia elétrica só durava até uma certa hora, depois disso era somente a luz das estrelas.

No último dia, logo cedo, partimos (dessa vez sem elefantes bloqueando a estrada) até o aeroporto de Port Elizabeth, onde devolvemos o carro (que tínhamos alugado no aeroporto da Cidade do Cabo) e começamos a longa jornada de volta para casa. Para saber como é dirigir por lá, confira nosso post com tudo que você precisa saber antes de visitar a África do Sul.

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Roteiro completo de nosso viagem à África do Sul

Nosso roteiro de vinte dias na África do Sul está em detalhes no mapa abaixo, é só clicar e salvar na sua conta do Google. Quando você for por planejar sua próxima viagem à África do Sul, já sabe por onde começar 😉

Nesse post explico como usar o Google MyMaps para planejar uma viagem, é um recurso muito bom, vale a pena conhecer!
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Como usar esse mapa: Clique na aba localizada no canto superior esquerdo do mapa para acessar várias camadas, incluindo pontos de interesse e rotas. Você pode escolher quais camadas visualizar selecionando-as no check-box correspondente. Para obter detalhes adicionais sobre pontos de interesse específicos, clique nos ícones correspondentes no mapa.

É fácil salvar este mapa em sua conta do Google Maps, basta clicar no ícone de estrela próximo ao título do mapa. Para acessá-lo no seu celular ou computador, abra o Google Maps, toque no botão de menu, vá para “Meus Lugares”, selecione “Mapas” e você encontrará este mapa listado entre os seus mapas salvos.
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E aí, convenci ou não você a colocar a África do Sul na sua wishlist?


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