Com suas enormes formações rochosas, mirantes e cachoeiras, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães é umas das principais atrações do Cerrado brasileiro. Por lá você encontrará trilhas para todos os níveis de aptidão e interesse, rios e poços ótimos para fazer flutuação, cachoeiras lindas, várias delas perfeitas para banho, e incríveis cavernas, tudo isso em área de preservação da mata do cerrado brasileiro.
Neste post te conto tudo que há para fazer na Chapada dos Guimaraes, um destino perfeito para uma imersão na incrível natureza do cerrado, com pousadas charmosíssimas e acesso fácil e rápido a partir de Cuiabá.
Ficou interessado? Então vem com a gente!
Todos os nossos posts sobre viagens no Brasil, vem conferir e partiu conhecer mais do nosso país:
- Amazônia Brasileira – Como conhecer a floresta em Novo Airão
- O que fazer em Alter do Chão, Pará
- O que fazer na Chapada dos Guimaraes, Mato Grosso
- Os melhores passeios para fazer Bonito em um feriado de 4 dias
- Tudo que você precisa saber para visitar Bonito num feriado
- Com que idade levar as crianças à Bonito, Mato Grosso do Sul
- Guia completo para visitar Lençóis Maranhenses: Dicas e roteiro essencial
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Neste post, você vai encontrar:
ToggleComo chegar na Chapada dos Guimarães
A cidade de Chapada dos Guimarães fica a cerca de 65 km de Cuiabá e a 80km do Aeroporto de Cuiabá (que, só por curiosidade, fica no município de Várzea Grande), que cobrimos em pouco mais de uma hora de carro.
Partimos de São Paulo (Aeroporto de Congonhas) em voo direto no final da tarde de uma sexta-feira, são pouco mais de 2 horas de voo. Há voos ligando Cuiabá às principais cidades do país e, planejando com antecedência, é possível conseguir passagens com preços muito bons (nosso caso!).
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Quando ir à Chapada dos Guimarães
Dá para visitar a Chapada em qualquer época do ano.
O clima é quente e chuvoso o ano inteiro, mas no verão pode ser realmente quente, além de ser a época que mais chove – fevereiro é o campeão em precipitações. Um ponto positivo é que os rios e cachoeiras ficam mais cheios e os banhos n’água ficam mais convidativos.
No inverno chove menos. Julho e agosto tendem a ser os meses mais secos e com menos nebulosidade, mas por outro lado mais sujeitos à neblina. As temperaturas ficam mais amenas, podendo chegar a próximo de 12ºC.
Fomos em novembro, aproveitando um feriado prolongado de 3 dias. Pegamos tempo bom, porém encoberto, e bastante calor. Todos os dias caiu uma pancada de chuva forte no fim da tarde, aquelas pancadas fortes mesmo, com direito a raios e trovoadas, que em menos de meia hora já terminavam. Nada que tenha atrapalhando nossa viagem, ao contrário, foi ótimo para refrescar após um longo dia de atividades ao ar livre e deixar a temperatura mais agradável a noite.
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Onde ficar na Chapada dos Guimarães
Ficamos na Pousada do Parque que, além de charmosa e agradabilíssima, fica a beira da Chapada, dentro dos limites do Parque Nacional. As meninas adoraram a piscina e o jardim com balanços. O restaurante é delicioso e perfeito para relaxar e curtir uma boa refeição, com uma vista incrível, depois de muito caminhar e nadar durante o dia.
Na área da pousada há duas cachoeiras sazonais (que infelizmente estavam secas), uma torre de observação e algumas trilhas.
Na cidade, o ideal é ficar próximo à praça da Igreja Matriz Santuário de Sant’Ana, pois assim você estará perto dos bares, restaurantes, lojinhas e agências de viagem. Se preferir ficar por lá, dê uma olhada na lindíssima Casa da Quineira.
Confira disponibilidade e tarifas aqui:
Como se locomover na Chapada dos Guimarães
Nós optamos por não alugar carro. Providenciamos com a pousada o transporte de e para o aeroporto e fizemos todas as atividades com o mesmo guia, em seu carro 4×4 – logicamente, se você estiver com seu próprio carro, o valor do passeio é menor, mas achamos mais conveniente fazer tudo com o guia. Uma desvantagem é que teríamos que pedir um transporte caso quiséssmos ir à cidade a noite (tinhamos planejado fazer isso uma noite, mas no fim do dia estávamos tão cansados, e a pousada era tão agradável, que acabamos ficando todas as noite por lá).
Se for alugar um carro, ou ir com seu próprio carro, preste atenção pois praticamente todas as atrações são acessíveis por estradas de terra, e algumas delas somente em veículos 4×4 (como por exemplo a Crista do Galo e Poço da Anta); se estiver com carro de passeio, terá que parar antes e seguir a pé por um trecho da estrada.
É muito difícil chegar de transporte público até as atrações.
Há diversas agências de turismo local que organizam passeios, nesse link tem uma série de tours pela Chapada, vale conferir.
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Quanto tempo ficar na Chapada dos Guimarães
Ficamos 3 dias inteiros na Chapada, foi o suficiente para conhecer as principais atrações do Parque:
– dia 2: parte baixa do Parque
– dia 3: circuito das cavernas
Em 5 dias dá para fazer todos os atrativos mais usuais do Parque: um dia seria para a trilha do Morro de São Jerônimo e outro para o Circuito das Cachoeiras e mais algumas cachoeiras e mirantes.
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O que fazer na Chapada dos Guimaraes
A principal atividade, que provavelmente foi o que te motivou a ir até lá, é conhecer o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
Englobando 33 mil hectares, foi criado em 1989 e abrange área de cerrado, segundo maior bioma do país. O parque está aberto todos os dias do ano e a entrada é gratuita, sendo necessário acompanhamento por guia para visitar algumas de suas atrações. Mais informações sobre como visitar o parque você encontra no site oficial do ICMBIO, link aqui.
Além do Parque em si, há diversas atrações em seus arredores, principalmente cachoeiras e alguns mirantes.
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1º dia – Cidade de Pedra e Cachoeira Véu de Noiva
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A Cidade de Pedra é um dos lugares mais incríveis da Chapada. Formações rochosas esculpidas pelo vento e pela chuva formam impressionantes paredões de até 350 metros de desnível, que lembram ruínas de uma cidade (daí o nome do local).
No vale abaixo encontram-se as nascentes de alguns dos córregos do parque, como o Rio Mutuca e o Rio Claro. Avistamos alguns casais de araras vermelhas e diversos outros pássaros e répteis no local.
O acesso é por estrada de terra por certa de 20km, recomendado para veículo 4×4 e é necessário guia. Do estacionamento, a trilha para chegar ao mirante tem cerca de 1km (ida e volta).
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Cartão-postal do Mato Grosso, a Cachoeira Véu de Noiva é a atração mais visitada do Parque. Formada pelo Rio Coxipó, as águas descem por aproximadamente 86 metros, em um paredão de arenito, e formam um enorme poço.
Quando estivemos lá, a cachoeira não estava muito cheia, mas ainda assim estava belíssima.
O acesso é muito fácil, são poucos metros por um caminho pavimentado a partir do estacionamento até o mirante. Infelizmente, após um acidente ocorrido há alguns anos, não é mais permitido descer nem nadar no poço da cachoeira.
Almoçamos no restaurante que há no local, comida típica regional muito bem preparada.
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Circuito das Cachoeiras do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães
Partindo da Cachoeira Véu de Noiva, é possível fazer o Circuito das Cachoeiras do Parque Nacional, formado pelas águas do córrego Independência, que desce formando seis cachoeiras: 7 de Setembro, Pulo, Degraus, Prainha, Andorinhas e Independência. Entre a cachoeira da Prainha e a das Andorinhas há duas piscinas naturais. O percurso tem cerca de 6 km (ida e volta) e é permitido nadar em todas as cachoeiras, exceto na Independência.
Infelizmente, no horário que chegamos não era mais permitido iniciar a trilha – a entrada é permitida somente das 9hs às 12hs, e planeje cerca de 5 horas para fazer o circuito completo (relembrando que é sempre bom checar essas informações antes de ir, seja com um guia ou agência local, seja no site do ICMBIO)
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2º dia – Morro da crista do galo e flutuação no Rio Claro
Esse passeio é na parte baixa do Parque, no vale do Rio Claro – a região que avistamos da Cidade de Pedra.
Para esse passeio é necessário guia e recomendado um carro 4×4 (caso contrário, você terá que fazer cerca de 5km finais da estrada a pé, incluindo um trecho arenoso). Chegando ao início da trilha, o trajeto é fácil, de cerca de 4 km.
A primeira parada é na Crista de Galo (vendo as fotos você entenderá o porque do nome do local), uma formação rochosa com um visual panorâmico incrível da Chapada e do vale.
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Em seguida, paramos no Poço da Anta, que é perfeito para nada e fazer flutuação em companhia de diversos peixinhos. Continuamos até o Poço Verde, onde novamente entramos na água, mas desta vez a flutuação se estendeu rio abaixo, por cerca de 30 minutos, em trecho um trecho de mata fechada lindíssimo.
Almoçamos no Complexo Turístico da Cachoeira da Salgadeira. Fica na estrada que liga Cuiabá à Chapada, às margens de um riacho que forma diversos pontos para banho. Conta com restaurante, brinquedos ao ar livre para as crianças, trilhas e um pequeno museu com uma réplica de dinossauro que viveu na região. Não é um passeio imperdível, mas se estiver por ali vale a pena parar para almoçar.
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3º dia – Circuito das Cavernas e Ponte de Pedra
No último dia, fizemos o chamado Circuito das Cavernas, que fica em uma propriedade particular e conta com restaurante (onde almoçamos). É necessário guia para visitação e utilização de perneiras de segurança (proteção para a região entre o joelho e pé).
Há a opção de fazer a trilha completa, de cerca de 12km ida e volta, ou utilizar o transporte fornecido pelo local, em caminhões adaptados, que percorre uma boa parte do trajeto, reduzindo o percurso em trilha a cerca de 2,5 km
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O passeio começa pela Ponte de Pedra, com uma fantástica vista dos paredões e da mata de cerrado. De lá, pode-se prosseguir pela trilha em direção às cavernas, ou retornar à recepção e pegar o transporte até mais adiante – foi essa nossa opção.
As crianças amaram o trajeto no caminhão, vale a pena pois, além de ser diferente de tudo que fizemos por lá, dá um sabor especial à aventura. Há duas paradas no trajeto: descendo na primeira, começa-se o passeio pela caverna Aroe Jari e termina-se pela Pobe Jari, que é a segunda parada do caminhão. A maioria dos visitantes desce na primeira parada e pega o caminhão de volta na segunda, mas nosso guia nos orientou a fazer o passeio no sentido inverso: começamos pela Pobe Jari e terminamos pela Aore Jari.
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A Caverna Pobe Jari, nome de origem indígena que significa “Caverna de Duas Bocas” tem aproximadamente 500 metros de extensão e, como o nome sugere, tem duas bocas de entrada.
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Em seguida, encontramos a Lagoa Azul, uma fantástica gruta onde a água que brota no meio da rocha forma uma lagoa azul turquesa. Não é permitido banho na lagoa.
Seguimos a trilha pela mata de cerrado e chegamos a Caverna Kiogo Brado, nome indígena que significa “ninho dos pássaros”.
O visual da caverna é incrível (em minha opinião, a mais impressionante das três). Entramos por um lado da caverna e, após caminhar pelos seus 270 metros de extensão e observar os paredões com cerca de 20 metros de altura, continuamos a trilha saindo pelo outro extremo da caverna.
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A última caverna que visitamos foi a Aroe Jari, ou “Morada das Almas” no idioma indígena. Com mais de 1.550 metros de extensão, várias bifurcações e saídas, é considerada a maior caverna de arenito do Brasil. Seus principais salões são o do Chuveiro, onde se forma uma cachoeira, e o do Teto Dourado, cujas gotículas de água que se aderem ao teto da caverna refletem o brilho das lanternas.
Na mesma região há a Cachoeira do Relógio, onde paramos para um merecido banho ao final do passeio.
Fizemos todos os passeios com o guia Iziel (+55 65 9 9966-3050), se ele não estiver disponível, vale a pena procurar outras agências locais ou tours como estes.
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Outras Atrações
Alguns outros passeios que nos foram recomendados na região, mas que não tivemos tempo para fazer:
– Mirante Alto do Céu:
Único mirante que tem a vista completa para Cuiabá e outras cidades da região. Há algumas trilhas e é muito procurado a tarde para apreciar o pôr do sol enquanto se vê a cidade de Cuiabá se acendendo.
– Morro dos Ventos:
Com fácil acesso, há um restaurante e dois mirantes, com um deck com vista para a Chapada, a 200 metros de altura.
– Morro de São Jerônimo:
Pponto mais alto do parque, ele oferece uma vista fantástica da região, desde que você encare a belíssima (e difícil, com diversos trechos em subida íngreme) trilha de 20km (ida e volta). Necessária visita com guia.
Há ainda diversas cachoeiras em áreas privadas ao redor do Parque e balneários com estrutura de bar, restaurante e playground para crianças. Alguns deles:
- Cachoeira do Marimbondo e Cachoeira da Geladeira
- Circuito das Águas do Cerrado
- Cachoeira do Jamacá
- Cachoeira do Pingador
- Cachoeira da Mata Fria
- Balneário do Rio Paciência
- Balneário do Rio Claro
- Balneário Rio Mutuca
- Estância Fênix
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Curiosidades
O que são Chapadas?
Chapada é uma forma de relevo com uma área de terra elevada, de dimensões consideráveis, com topo relativamente plano, terminada e delimitada em escarpas. A parte baixa das chapadas é plana com vegetação rasteira. Abrigam fauna e flora diversa e rica, e são objeto de proteção ambiental.
Quantas Chapadas há no Brasil?
São 7 Chapadas, em 6 estados brasileiros:
1️⃣ Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso
2️⃣ Chapada Diamantina, na Bahia – estive lá há muitos anos, mas a Alexandra do blog Turismo de Primeira tem dicas bem mais atualizadas e um roteiro de 5 dias na Chapada Diamantina, vale conferir!
3️⃣ Chapada dos Veadeiros, em Goiás – da Dani do blog Dani Turismo tem várias informações para visitar a Chapada dos Veadeiros neste post.
4️⃣ Chapada do Araripe, no Ceará
5️⃣ Chapada dos Parecis, no Mato Grosso
6️⃣ Chapada do Guarani, em São Paulo (região de Analândia e Brotas)
7️⃣ Chapada das Mesas, no Maranhão – a Leyds, do bolg LeydsViaja conta todos os detalhes sobre como ir, o que fazer e a melhor época para visitar a Chapada das Mesas, que das três que me falta conhecer é aquela que, depois de ver tudo que a Leyds postou, foi para o topo da minha wishlist.
E você, conhece quantas Chapadas?
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Roteiro detalhado
Aqui o mapa do Google MyMaps, com nosso roteiro detalhado, é só clicar e salvar na sua conta do Google. Quando você for por planejar sua próxima viagem à Chapada dos Guimarães, já sabe por onde começar 😉
No mapa você pode ver detalhes de tudo o que fizemos, onde ficamos e os lugares que fomos. Existem diferentes camadas, com cores diferentes, uma para cada dia de atividades, e uma última com aquelas que não tivemos tempo de fazer.
Nesse post explico como usar o Google MyMaps para planejar uma viagem, vale a pena conhecer!
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