O guia completo para não cair em roubadas!
Se realmente vale a pena voar em companhias aéreas low cost? A resposta é: depende. Tenha muita atenção ao comprar o bilhete e faça as contas. Definir as passagens aéreas é uma etapa importantíssima ao planejar uma viagem de férias, sobre o que já escrevi bastante aqui no blog.
Já voei muito de low cost por esse planeta, na Ásia, Europa, EUA e América Latina. Sempre cheguei com relativa segurança a meu destino, afinal estou viva até hoje, mas não sem ter passados por uns apertos (literal e figurativamente) e me perguntado por que é mesmo que eu tinha escolhido aquele voo.
Depois das últimas experiências, voando WIZZ (parte de nossa viagem de 20 dias pelos Balcãs) e de Ryanair (para chegar em Açores, neste roteiro sensacional de uma semana), achei que era hora de colocar no papel um apanhado de tudo que você precisa ver, com aquela frieza calculista racional que desaparece ao nos depararmos com os preços dessas companhias, antes de comprar qualquer dessas passagens low cost.
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Neste post, você vai encontrar:
ToggleQuais as principais cias low cost atualmente?
Europa:
- Ryanair
- EasyJet
- Wizz Air
- Vueling
- Eurowings
Ásia-Pacífico:
- AirAsia
- Jetstar Airways
- IndiGo
- Scoot
- Cebu Pacific
Américas:
- Southwest Airlines (EUA)
- Spirit Airlines (EUA)
- JetBlue Airways (EUA)
- Volaris (México)
- Interjet (México)
Médio Oriente:
- Air Arabia
- Flydubai
- Jazeera Airways
- Flynas
Dessas, já tive experiências com a WIZZ Air, Ryanair, Jetblue, AirAsia, e com a falida VivaAir (colombiana).
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Preços (aparentemente) imbatíveis
Sim, essas companhias low costs tem preços bons para caramba, tarifas extremamente competitivas.
O trecho que pegamos na nossa viagem de 3 semanas pelos Balcãs foi Milão – Belgrado, que saiu por €40,00 cada trecho.
Esse é um valor até que alto para esses voos internos na Europa: é possível encontrar voos direto entre aeroportos europeus a partir de €35 IDA E VOLTA, com sorte até menos que isso. Olha só essa pesquisa que fiz agora rapidamente pelo Google Flights, as passagens são baratas mesmo:
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O coração até bate mais forte quando vemos esses preços: é agora, ninguém me segura!
PORÉM, muita calma, atenção e sangue frio neste momento, pois há outros fatores que você deve levar em consideração antes de clicar em “comprar”.
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Verifique os aeroportos
Muitas dessas companhias utilizam aeroportos secundários como estratégia para baratear os custos das passagens – esses aeroportos normalmente tem menos voos, menor estrutura e cobram taxas menores.
Olhe bem a tela de pesquisa que coloquei acima, o primeiro voo da Ryanair sai do aeroporto BGY e pousa em BVA. A passagem é vendida como Milão – Paris, mas na verdade o aeroporto BGY é em Bérgamo e o BVA é em Beauvais.
Bérgamo fica a 60km de Milão e 90km de Malpensa, o principal aeroporto internacional da cidade, sendo que de transporte público (trem e metrô) são cerca de 2hs de percurso . O ônibus direto que liga os aeroportos custa €20.
De Beauvais ao aeroporto Charles De Gaulle, o principal da capital francesa, são 80 km, ou seja de 2 a 4 horas em trem e metrô, dependendo do dia da semana e horário. O ônibus que liga os dois aeroportos custa €40.
Certifique-se, portanto, que os aeroportos de saída e chegada são adequados para você, e faça as contas: no print que coloquei acima, o voo de €67 (ainda um preço excelente) é entre MPX (Malpensa) e ORY (Orly, não o segundo maior aeroporto de Paris, numa região super central da cidade) – se você pretende visitar essas duas cidades, mesmo sendo praticamente o dobro do preço, esse voo vale muito mais a pena.
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Horários
Para manter os custos baixos, muitos voos low cost são operados em horários de menor demanda dos aeroportos.
Então prepare-se para check-ins no meio da madrugada, para pousar quando o transporte público já encerrou as atividades do dia, para fazer imigração com filas enormes em apenas um guichê aberto, para lojinhas e restaurantes fechados e todos os outros perrengues associados a horários alternativos de viagens.
Se você encara esses pequenos incovenientes, bora continuar a leitura para ver se realmente vale a pena voar de low cost.
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As taxas extras
É sabido que as companhias low costs cobram tudo extra.
O que está incluso na tarifa é tão somente o transporte do ponto A ao B, qualquer outra coisa que você queira deverá ser paga a parte.
Por exemplo:
- mala de mão
- mala despachada
- escolha de assento
- check-in no guichê do aeroporto (presencial ou em totem)
- qualquer serviço de bordo
Normalmente essas passagens não incluem NENHUMA bagagem. Preste muita atenção nisso. Nem bagagem de mão, nem despachada. A única normalmente incluída é o item pessoal, que seria equivalente a bolsa feminina, carteira ou mochila tamanho escolar.
Dá só uma olhada na tabela de preços para esse voo da Ryanair: a tarifa ida e volta entre Londres e Praga é £ 30,63, porém se você quiser levar uma mala de mão de até 10kg, paraná mais £ 21,43 por voo, ou seja, o custo total da passagem será £73,49.
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Então fique muito esperto e antes de comprar, e faça bem as contas para decidir se realmente vale a pena voar de low cost.
Compare com outras opções de voos, inclusive em companhias tradicionais. Leve em consideração o custo de ir e voltar ao aeroporto (caso sejam aeroportos diferentes) e o tempo envolvido.
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Check-in
Sempre fiz o check-in pelo app ou online, então não posso avaliar o serviço nos guichês e totens de atendimento das empresas.
Recomendo que você também faça o check-in pelos meios eletrônicos, pois vai que te cobram por pedir informação… melhor não arriscar.
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Alterações e cancelamentos
Essas tarifas low cost não permitem nenhum tipo de alteração e não dão nenhum reembolso, a não ser que na hora da compra você tenha pago o extra relativo a tal serviço.
Olhe novamente a tabela da Ryanair que coloquei acima, a passagem ida e volta custa £ 30,63, para ter a opção de remarcação, haverá um custo adicional de £73,43 por trecho – a não ser que você realmente precisa de algum outro benefício que essa taxa extra lhe proporciona, não faz nenhum sentido comprar a passagem que permite alterações.
A dica então é só comprar a passagem quando você tiver certeza absoluta que fará aquele voo, naquela data exata, e saber que se acontecer algo, foi dinheiro jogado no lixo.
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Na hora de voar
Nem preciso dizer que, na hora de embarcar, é bom levar seu lanchinho, sua garrafinha d’água devidamente enchida após passar pelos controles de segurança, e muita paciência e boa vontade.
Sim, boa vontade pois o interior dos aviões é, no mínimo, sofrível.
Para se ter uma ideia, as poltronas da WizzAir e da Ryanair não reclinam. Nenhuma poltrona reclina. O espaço entre as poltronas é absolutamente reduzido. Eu que sou alta sofro.
Para viagens curtas, acho que vale. Você respira fundo e tenta esquecer ver pelo lado bom: você pesquisou, fez as contas e esse era realmente o melhor custo-benefício.
Não espere conforto, não espere atendimento, não espere nada.
Vá com as expectativas o mais baixas possíveis, pois ao final você se sentirá melhor, afinal chegou vivo ao seu destino e é isso o que importa.
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Minha opinião – vale a pena voar com ultra low cost?
Em resumo, voar com companhias aéreas ultra-low cost é uma opção que vale a pena em muitas circunstâncias, mas é importante ter toda a atenção na hora de comprar o ticket e estar preparado na hora de voar.
Ao considerar voar com uma companhia aérea de baixo custo, é fundamental ponderar as vantagens e desvantagens, bem como entender as políticas específicas de cada empresa. Com um planejamento cuidadoso, é possível desfrutar de uma experiência de viagem acessível e recompensadora. Bon voyage! 🛫✈️
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